01 maio 2008

A lei da rolha nos Açores

Quando Mota Amaral deixou o Governo Regional, o arquipélago foi varrido por uma sensação de alívio. Era uma espécie de segundo 25 de Abril. Pouco tempo depois, o PS chegava ao poder e, como é da praxe, as pessoas acreditaram. Acreditaram que com eles as coisas seriam diferentes. E ao princípio eram. Os do PS ainda estavam a apalpar terreno. Ainda não conheciam todos os meandros da coisa. Mas os anos passaram e a luta pela manutenção do poder não olha a meios. Tanto que neste momento já se fazem ouvir vozes de protesto. Já há quem diga que o rei vai nu.

O sindicalista Paulo Borges é peremptório: «Os subsídios do Governo Regional estão a “silenciar” a população, os sectores e as vozes que podiam contestar as suas políticas.» E diz mais: «a falta de liberdade que sentimos é enorme.» «Temos colegas que preferem não aparecer, com receio de verem situações da sua vida complicadas».

Pois é, a democracia precisa de rotatividade. Senão dá nisto. Invariavelmente.

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