Quase dois terços dos processos de corrupção foram arquivados em Portugal, refere um estudo relativo a 2002-2003 hoje divulgado.
Segundo esse estudo, que analisou 449 processos fornecidos pelos serviços do Ministério Público, em termos globais a maioria dos processos de corrupção (55,5 por cento) terminou com arquivamento. Estamos a falar de pequena corrupção. De valores quase sempre irrisórios (tendo em conta os valores divulgados pela notícia).
A corrupção em grande, do género da que ainda recentemente se divulgou num canal de televisão, capaz de lesar o Estado em centenas de milhões de euros, essa passa despercebida. Ou, melhor dizendo, confirma a cegueira da justiça.
«A Justiça não chega à grande corrupção», disse Luís de Sousa, responsável pelo estudo do ISCTE, adiantando que essa passa por transacções sofisticadas de branqueamento de capitais e criminalidade económica e financeira com intervenientes directos e indirectos a nível internacional.
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