09 fevereiro 2012

Os preconceitos alemães

O partido e apoiantes da senhora Merkel mantêm tiques e comportamentos que levaram a Alemanha às duas grandes guerras. São arrogantes e pretenciosos e estão convencidos de que ajudar um país é impor-lhe a sua vontade.
A Europa nunca foi e não é um estado, mas um conjunto de países com história e mentalidades diferentes que ainda há não muito se digladiavam. Circunstâncias económicas deste início de século e opções políticas/económicas desastrosas (nomeadamente de bancos) legitimaram a necessidade de países tão diferentes como a Islândia, Grécia, Irlanda e Portugal terem de recorrer a instituições como o FMI para terem dinheiro. A Europa da CE, se não fossem as decisões políticas tomadas, poderia e deveria ter mecanismos de apoio que facilitassem aos países carenciados cumprir as suas obrigações e reestruturar as economias nacionais para se desenvolverem e poderem pagar as dívidas contraídas.
Mas não só a Europa não ajuda como é parte do problema. Estivéssemos noutro século e estaríamos já perante uma situação de guerra na Europa. A Alemanha comporta-se como uma menina mimada, que quer à viva força impor o seu modelo de sociedade, de vida, de mentalidade aos gregos. E fá-lo com armas mais mortíferas do que os mísseis: com dinheiro.
Os gregos terão os seus defeitos, mas não são parvos. Sentem na pele a merda que o mundo mercantil ali despeja. E descobrem-se, como em todo o lado, impotentes para travar uma estratégia mundial de destruição da dignidade humana. O que vale, sempre, por inércia e por costume, é a lei da selva ou a lei do mais forte.
A Alemanha tem tiques autoritários. E o autoritarismo faz crescer ódios que acabarão por vir ao de cima. Como é o que se verá durante esta década.

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