Diz a caixa alta «Conversa de Schaeuble com Gaspar provoca forte queda nos juros da dívida portuguesa». O corpo da notícia é no mesmo tom, confiante, como quem é bailarino e desliza à vontade. O problema é que os números desmentem a euforia. Veja-se, «Os juros da dívida pública portuguesa estão hoje em forte queda, contrariando a tendência que se verifica nas obrigações de outros países do euro, como Espanha e Itália.» Ora, «A “yield” da dívida espanhola a 10 anos sobe 12 pontos base para 5,3% e os juros das obrigações italianas com a mesma maturidade avançam 11 pontos base para 5,59%.
E nós? Nós que estamos a baixar?
A dois anos, a taxa de juro implícita recua 133 pontos base e está nos 13,75%. A “yield” das obrigações a cinco anos cai 126 pontos base para 15,49%. No prazo a dez anos, a rendibilidade exigida pelos investidores cede 82 pontos base para 12,5%. Ou seja, nós temos de pagar mais do dobro. Que maravilha, não é? Que poupança.
Acima dos 7% é incomportável dizia Teixeira dos Santos.
A propaganda faz-se assim, com estas jigajogas eufóricas. A distância entre a propaganda e a realidade é: o abismo.
E nós? Nós que estamos a baixar?
A dois anos, a taxa de juro implícita recua 133 pontos base e está nos 13,75%. A “yield” das obrigações a cinco anos cai 126 pontos base para 15,49%. No prazo a dez anos, a rendibilidade exigida pelos investidores cede 82 pontos base para 12,5%. Ou seja, nós temos de pagar mais do dobro. Que maravilha, não é? Que poupança.
Acima dos 7% é incomportável dizia Teixeira dos Santos.
A propaganda faz-se assim, com estas jigajogas eufóricas. A distância entre a propaganda e a realidade é: o abismo.
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