Passos Coelho já não é tão ingénuo como parecia quando debutou como chefe do governo. Agora já tem gente a trabalhar discursos e maneiras de dizer. Há que preparar a gentalha para mais austeridade. Crêem estas luminárias que a melhor maneira é fazerem assim, dizendo que não vai ser preciso mais austeridade e completar a mensagem com uma dessas frases tão do agrado dos pacóvios salões portugueses: "Não tenho nenhuma bola de cristal. Como presidente do PSD ou como primeiro-ministro não me anuncio como um profeta". E depois insistir com uma frase longa, dessas que as pessoas logo se cansam a ler ou a ouvir: "O que posso é dizer aos portugueses que não temos, como referi ainda há poucos dias, nenhum elemento que nos leve a concluir que será necessário reajustar de tal forma o cenário macroeconómico, as perspectivas de desenvolvimento ao longo deste ano em Portugal, que isso tenha de conduzir à adopção de medidas novas que, de alguma forma, corrijam esse desempenho".
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