Fala António Feijó:
O Estado abstém-se de entrar em certos domínios da economia porque entende que não tem vocação para o fazer. Então porque é que há-de entrar nas consoantes mudas? É um contra-senso.
Um governo ter legitimidade democrática não significa que tem legitimidade de legislar em todas as áreas. Há uma série de funções que seria abusivo o Estado arrogar-se exercer. A imposição de uma ortografia é uma delas.
A noção de educação deixou de interessar. A brutalidade prática é tal, que a única coisa que interessa é a saída profissional. E isto é algo que vai ter custos enormes no país, nem que sejam custos de um ponto de vista moral, da auto-estima das pessoas, etc.
(...) a questão central é a educação das pessoas, o que é que determinada pessoa é capaz de fazer, se é capaz de articular um pensamento lógico, perceber um argumento, escrever um texto. Nada disto interessa, interessa apenas que tenha uma saída profissional. E quando depois vamos ver os índices de desemprego, reparamos que cursos que tinham emprego pleno, como por exemplo Direito, deixaram de ter (...)
(...) falamos com os maiores empregadores portugueses e dizem--nos: “As pessoas aprendem no exercício da actividade, na empresa. Queremos é pessoas que saibam pensar, exprimir-se, que saibam perceber a leitura de um texto complexo. Desses é que nós precisamos, depois cá dentro é que os treinamos, não precisamos que vocês os treinem para trabalhar, por exemplo, na Portugal Telecom, pois a Portugal Telecom é que vai treiná-los para trabalhar na Portugal Telecom”.
O Estado abstém-se de entrar em certos domínios da economia porque entende que não tem vocação para o fazer. Então porque é que há-de entrar nas consoantes mudas? É um contra-senso.
Um governo ter legitimidade democrática não significa que tem legitimidade de legislar em todas as áreas. Há uma série de funções que seria abusivo o Estado arrogar-se exercer. A imposição de uma ortografia é uma delas.
A noção de educação deixou de interessar. A brutalidade prática é tal, que a única coisa que interessa é a saída profissional. E isto é algo que vai ter custos enormes no país, nem que sejam custos de um ponto de vista moral, da auto-estima das pessoas, etc.
(...) a questão central é a educação das pessoas, o que é que determinada pessoa é capaz de fazer, se é capaz de articular um pensamento lógico, perceber um argumento, escrever um texto. Nada disto interessa, interessa apenas que tenha uma saída profissional. E quando depois vamos ver os índices de desemprego, reparamos que cursos que tinham emprego pleno, como por exemplo Direito, deixaram de ter (...)
(...) falamos com os maiores empregadores portugueses e dizem--nos: “As pessoas aprendem no exercício da actividade, na empresa. Queremos é pessoas que saibam pensar, exprimir-se, que saibam perceber a leitura de um texto complexo. Desses é que nós precisamos, depois cá dentro é que os treinamos, não precisamos que vocês os treinem para trabalhar, por exemplo, na Portugal Telecom, pois a Portugal Telecom é que vai treiná-los para trabalhar na Portugal Telecom”.
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