"Os meus livros são, afinal, ou só isso, a oportunidade de milhões de almas, únicas todas elas, almas de pequenos sapos cheias de importância de viver. Cada uma delas se me impõe com tanta veemência que não vejo como recusar-lhes o direito de se demorarem, palrarem, comerem as suas sopas e se aquecerem à braseira. Uns partem um pouco depois de dizerem bom dia, outros ficam até morrer. Todos se continuam naquilo que têm de profundamente idêntico entre si - a vocação para serem sós, porém aceites por cada um dos outros."
"o intelectual, de um modo geral, em Portugal, tem medo das ondas grandes e das grandes atitudes. Tem medo de ser vencido por elas, de ter que travar uma luta e acabar por ser vencido."
"o intelectual vive num estado de narcisismo primário, de tíbia cupidez"
Sem comentários:
Enviar um comentário