O governo diz que trabalha para a excelência. E a gente percebe. A excelência em que o governo pensa tem outro nome: mediocridade. Ou deveríamos dizer mentira?
É por esta e por outras que vimos clamando por política. A falta de política dá nisto: trabalhar para a estatística. Ou para agradar a directores de jornais e outros ressabiados que olham para os profissionais da educação com o cotovelo a doer. Talvez porque não gostem que as pessoas lutem pelos seus direitos e façam uso de direitos constitucionais. Mas isso são outras histórias. Por agora, basta transcrever a notícia:
«A Associação de Professores de Matemática (APM) considerou hoje que o exame nacional de 9.º ano da disciplina foi o "mais fácil" desde que a prova se realiza, sublinhando que algumas questões poderiam ser respondidas por alunos do 2º ciclo. Também a Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) criticou o reduzido grau de dificuldade do exame, sublinhando que "a nivelação por baixo" poderá ter custos futuros "muito graves".
"No seu conjunto, o nível desta prova é certamente dos mais elementares - se não o mais elementar - produzidos nos últimos anos nas provas nacionais de Matemática. Se é verdade que muitos alunos e alguns pais podem ficar satisfeitos com o facto, e se é verdade que seja positivo que os jovens vejam as questões matemáticas como alcançáveis, os custos futuros podem ser muito graves", defende a sociedade em comunicado.»
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