07 maio 2008

Angola, take 3

De facto, se há coisa desagradável é, entre lagostins e outros acepipes, ver alguém a falar de miséria, não para puxar à lágrima, mas para apontar o dedo e reclamar acção. A acção de quem fala é precisamente essa: falar. Cabe a políticos e diplomatas arregaçar as mangas e trabalhar. Mas não se acredite que as grandes fortunas de Angola caíram do céu. Ainda por cima quando algumas são de rostos que há décadas gerem os destinos desse país. A distribuição de bens e riquezas é sempre um assunto incómodo. O silêncio é a regra de ouro: queres mamar um pouco, então encosta-te e 'tá caladinho. O povaço, esse, existe para justificar empregos, tachos, fortunas, o que for preciso.

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