Precisa apenas de duas coisas: 1ª ser americano; 2ª ser um perito em disparates.
Veja-se: Paul Pastorek, superintendente para a Educação no estado de Luisiana nos EUA afirmou que «se o aluno chumba o ano, a culpa é do professor; se o aluno desiste de estudar, a culpa também é do professor; e se o aluno falta às aulas, a culpa é outra vez do professor. O sucesso escolar de uma criança está sempre nas mãos do professor. Nem as origens socioeconómicas nem o contexto familiar servem de justificação - a culpa é sempre da escola, que não soube encontrar as estratégias certas para ensinar os seus alunos.»
O mais extraordinário é que há muita gente que precisa de ouvir disparates. Sobretudo se forem ditos em inglês. Soam muito melhor. Não é que uma tal audiência tenha sentido de humor. É que se sente muito menos diminuída.
Quem anda em transportes públicos ou frequenta cafés e ouve as explicações que os portugueses encontram, sabe que somos um povo especialmente dotado para acreditar em aparições, em bruxas e noutras maravilhas. Um português sempre descobre as razões secretas e é sempre capaz de explicar o inexplicável. Somos altamente dotados para as ciências e para a Verdade.
Voltando à escola, sabe quem por lá anda que a escola é o sítio onde se desenham saídas e prisões. Saídas para os que desenvolvem capacidades. Prisões para os que jamais conseguem sair do mundo fechado em que nasceram e onde vivem.
Em Portugal ainda há poucas escolas para ricos, mas são muitos os que querem que haja mais, pois o negócio é, de facto, apetecível. Na América, há a escola pública para os pobres e escolas para os endinheirados. Aos pobres há que alimentar a ilusão de pertença, conduzi-los, qual gado manso, ao redil e mantê-los entretidos. Serão aquela mão-de-obra barata de que precisam os empresários pequenos.
Sempre houve gente capaz de defender que a individualidade não existe, que apenas interessa a manada. E se a manada faz X, todos têm que fazer X. Porque isso é do alto interesse de meia dúzia de senhores.
Às vezes, ainda parece possível haver quem saiba que só se pode aprender quando se tem interesse, quando há uma motivação própria, individual. Mas isso será cada vez mais uma visão minoritária. O que é preciso, cada vez mais, é ter bem identificados os alvos a abater. Porque assim andamos todos mais seguros, mesmo que vivamos dentro de uma imensa mentira.
Que o diga o pastor Pastorek.
Veja-se: Paul Pastorek, superintendente para a Educação no estado de Luisiana nos EUA afirmou que «se o aluno chumba o ano, a culpa é do professor; se o aluno desiste de estudar, a culpa também é do professor; e se o aluno falta às aulas, a culpa é outra vez do professor. O sucesso escolar de uma criança está sempre nas mãos do professor. Nem as origens socioeconómicas nem o contexto familiar servem de justificação - a culpa é sempre da escola, que não soube encontrar as estratégias certas para ensinar os seus alunos.»
O mais extraordinário é que há muita gente que precisa de ouvir disparates. Sobretudo se forem ditos em inglês. Soam muito melhor. Não é que uma tal audiência tenha sentido de humor. É que se sente muito menos diminuída.
Quem anda em transportes públicos ou frequenta cafés e ouve as explicações que os portugueses encontram, sabe que somos um povo especialmente dotado para acreditar em aparições, em bruxas e noutras maravilhas. Um português sempre descobre as razões secretas e é sempre capaz de explicar o inexplicável. Somos altamente dotados para as ciências e para a Verdade.
Voltando à escola, sabe quem por lá anda que a escola é o sítio onde se desenham saídas e prisões. Saídas para os que desenvolvem capacidades. Prisões para os que jamais conseguem sair do mundo fechado em que nasceram e onde vivem.
Em Portugal ainda há poucas escolas para ricos, mas são muitos os que querem que haja mais, pois o negócio é, de facto, apetecível. Na América, há a escola pública para os pobres e escolas para os endinheirados. Aos pobres há que alimentar a ilusão de pertença, conduzi-los, qual gado manso, ao redil e mantê-los entretidos. Serão aquela mão-de-obra barata de que precisam os empresários pequenos.
Sempre houve gente capaz de defender que a individualidade não existe, que apenas interessa a manada. E se a manada faz X, todos têm que fazer X. Porque isso é do alto interesse de meia dúzia de senhores.
Às vezes, ainda parece possível haver quem saiba que só se pode aprender quando se tem interesse, quando há uma motivação própria, individual. Mas isso será cada vez mais uma visão minoritária. O que é preciso, cada vez mais, é ter bem identificados os alvos a abater. Porque assim andamos todos mais seguros, mesmo que vivamos dentro de uma imensa mentira.
Que o diga o pastor Pastorek.
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