30 janeiro 2010

Cultura e ex-ministra da pasta

"O primeiro-ministro identificou o pouco investimento em Cultura como um erro da sua governação, admitindo que talvez devesse ter investido em Cultura como fizera em Ciência."

"Ainda não será desta que a promessa "reforçar o orçamento da Cultura" será cumprida, apesar do simpático mas aparente aumento na estimativa global da despesa de 12,8%, anunciado sem detalhes por alguma comunicação social. Todavia esta informação do OE importa ser complementada por outra que faz o sector Cultura corresponder a 0,1% do PIB e a 0,4% do OE, crescendo 0,1%."

"Estamos nuns tímidos 0,4%; em 2005, estávamos em 0,6% [do Orçamento de Estado para a Cultura]."

"A Cultura continua, pois, não sendo alçada a prioridade política, facto incompreensível quando recente estudo independente revela que, em 2006, o sector cultural e criativo representou 2,8% da riqueza produzida em Portugal e criou 2,6% do emprego. Isto para só falarmos em números..."

"Replica-se a gasta e ultrapassada fórmula de, em época de vacas magras, não alimentar a Cultura, mesmo que o paradigma de desenvolvimento tenha mudado, revelando que o que ela produz é potenciador de energia criativa e económica na sociedade da inovação de hoje."

Isabel Pires de Lima no i online

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