28 janeiro 2010

Jerome David Salinger (1919 - 2010)



Morreu (ver aqui) um ícone da literatura pop americana. Salinger há muito não publicava nada, mas periodicamente a imprensa americana servia-se dele para alimentar o mito. A editora precisava de continuar a vender o autor para lhe pagar o que havia sido acordado.
Era budista e detestava que o procurassem, que o fotografassem, que se metessem na sua vida. Os livros que escreveu e lemos não são grande coisa. O que lhe deu a fama (The Catcher in the Rye / À Espera no Centeio, 1951) teve o mérito de falar em linguagem de todos do que era um tabu na puritana sociedade americana e fazê-lo pela voz de um adolescente. Como a América é o país dos adolescentes, a coisa foi um sucesso. E quando os adolescentes chegam a velhos, recordam-se dos "anos loucos" da juventude e... um círculo que rendeu.
As anedotas são quase tão interessantes como as histórias do autor. Agora, veremos se a pouco e pouco saem livros que tenha deixados escritos que valham a pena ler.

1 comentário:

LP disse...

O que interessa, de facto, são "os livros que escreveu" e, quanto a isto, (in)felizmente, não sou capaz de concordar com a opinião de que "não são grande coisa". Pelo contrário, acho que Uma agulha no palheiro (título da tradução que conheço) e Holden Caulfield são um romance e uma personagem extraordinários... mas ainda bem que não gostamos todos das mesmas coisas e dos mesmos modos.

Cordialmente.