De cada vez que um escritor é notícia, esta aparece redigida à boa maneira dos tabeliães. Uma lista de prémios com meia dúzia de informações biobliográficas pelo meio.
Os escritores são apreciados nos jornais pela bitola do comércio: os que vendem muito (os muito bons) e os que vendem pouco (de que não se fala, a não ser que sejam estrangeiros e cheguem às redacções com press-release de editoras fortes (que vendem muito).
O resto é um imenso vazio. O espaço da crítica foi esvaziado em tudo o que é jornal e o gosto pela literatura é cada vez mais coisa de minorias.
A chatice é haver minorias altamente exigentes e influentes. Embora, reconheçamo-lo, cada vez menos influentes, pois as faculdades de Letras são cada vez mais lugares intragáveis que detestam tanto a literatura quanto os jornalistas (é uma generalização, claro, pois ainda há jornalistas que sabem ler e lêem).
Vejam como um jornal se refere a Agustina Bessa-Luís. A gente lê aquilo e dá vómitos. Parece que estão a falar de alguém desconhecido, quando se trata de um dos nossos melhores escritores vivos.
O que se passa aqui não é muito diferente do que sucede noutros países, quanto a jornais. A diferença é que noutros países as universidades funcionam melhor e há revistas da especialidade.
Os escritores são apreciados nos jornais pela bitola do comércio: os que vendem muito (os muito bons) e os que vendem pouco (de que não se fala, a não ser que sejam estrangeiros e cheguem às redacções com press-release de editoras fortes (que vendem muito).
O resto é um imenso vazio. O espaço da crítica foi esvaziado em tudo o que é jornal e o gosto pela literatura é cada vez mais coisa de minorias.
A chatice é haver minorias altamente exigentes e influentes. Embora, reconheçamo-lo, cada vez menos influentes, pois as faculdades de Letras são cada vez mais lugares intragáveis que detestam tanto a literatura quanto os jornalistas (é uma generalização, claro, pois ainda há jornalistas que sabem ler e lêem).
Vejam como um jornal se refere a Agustina Bessa-Luís. A gente lê aquilo e dá vómitos. Parece que estão a falar de alguém desconhecido, quando se trata de um dos nossos melhores escritores vivos.
O que se passa aqui não é muito diferente do que sucede noutros países, quanto a jornais. A diferença é que noutros países as universidades funcionam melhor e há revistas da especialidade.
2 comentários:
De facto, a crítica literária, enquanto tal, foi banida dos jornais e exilada, em espaço exíguo, nalguns (poucos) suplementos culturais.
A argumentação é que os portugueses lêem poucos livros.
É verdade, mas por enquanto ainda vão lendo alguns jornais e era bom que estes não abdicassem também de ter um papel pedagógico com o qual, a prazo, só teriam a ganhar.
(É verdade que até odeio os livros de ABL, mas o artigo está de facto horrível)
Efectivamente parece que esta escritora tão distante e com prémios do governo francês que só acontecem a quem tem grande qualidade não está relacionada com o Porto e que o JN não é da mesma cidade.
Só que além das universidades, também os jornais e o POVO são grandes culpados disto.
Enviar um comentário