10 novembro 2011

Das artes de hoje e dos artistas em particular


Quando um português urina diz-se que mija. Quando um artista urina, é uma performance. Não acredita? Ora leia:

«O artista italiano Alberto Magrin auto-retratou-se a urinar sobre uma instalação da autoria do brasileiro Flávio Cerqueira, que esteve patente ao longo da edição deste ano da Bienal de Vila Nova de Cerveira, no Verão passado, frente ao Fórum Cultural, o espaço-mãe do evento.
A "performance", que está publicada no seu site (http://www.magrin.it/magrine.htm), foi também enviada, pelo autor, à Fundação Bienal de Cerveira, na sequência da polémica que marcou o arranque do certame, em Julho, em que vários artistas, incluindo Magrin, se queixaram das condições "insalubres e indignas" em que estariam expostas as suas obras.
Uma peça do italiano estaria colocada numa casa de banho. Na altura, o pólo expositivo da bienal, instalado no castelo da vila, onde se encontravam as referidas obras, foi encerrado durante alguns dias para readaptação do espaço e reorganização das peças de arte. Não satisfeito com a situação, Alberto Magrin terá tentado activar o seguro relativo à sua participação no evento. A Fundação Bienal de Cerveira recusou-se a pagar qualquer um dos valores e acabou, no passado dia 2, por devolver a obra do autor, encerrando o processo.
"No seguimento da reclamação efectuada pelo artista e após diligências com a seguradora da 16.ª Bienal de Cerveira, foi concluído pela mesma, a 3 de Setembro de 2011, e enviado ao queixoso a inexistência de "nexo de casualidade" na reclamação apresentada, uma vez que não houve indícios de responsabilidade lesiva da sua imagem, como alegou o artista", pode ler-se num comunicado enviado, ao JN, pela Fundação Bienal de Cerveira, ao qual é anexada a foto de Magrin a urinar sobre a obra de um outro artista, com a seguinte explicação: "No intuito de ir ao encontro da pretensão do artista, a 16.ª Bienal de Cerveira mudou a obra para um local de maior e melhor visibilidade e o artista foi convidado a visitar o evento, de modo a verificar a nova instalação da mesma. Tendo rejeitado a nossa proposta, Alberto Magrin pediu uma indemnização no valor de 35.000 euros e/ou a compra da sua obra no valor de 13.000 euros, revelando uma atitude puramente comercial. De salientar ainda a postura provocatória do mesmo, ao enviar-nos uma fotografia na qual urinava para obra de um outro artista".» in JN

1 comentário:

Alberto Magrin disse...

A ignorância de um jornalista a nível internacional não entendem a diferença quando você mijar ou quando você cria um desenho ..... eu sorrio de como a morte e, como almas nobres da história, os imperadores grandes teorias orientais, mas o ignorante criar terror com a morte e os ignorantes, eles enfrentam seus medos. Na vida, o senso de justiça ensina que aqueles que cometem erros pagam ....... ter tido dor de a organização não ter apresentado qualquer caso apresentado por meus advogados por piedade, mesmo que o diretor de arte me tinha dado razão cumprimento de suas responsabilidades na 'organização dos homens Bienal ... pequenos pobres que têm medo de morrer ... a eternidade do meu espírito sorri inexistência de morte.