Em Portugal é preciso deixar de comer para que o país pague. E o país paga tudo direitinho, enquanto se tratar de ir ao bolso de quem se deixa espoliar silenciosamente, pois lhe é dito que só assim Portugal vai crescer.
O crescimento é uma farsa, claro. Mas enquanto o discurso dura, há quem ganhe à tripa forra. Veja-se o caso dos nossos amigos da troika. Para nos ajudarem, o país paga-lhes supostamento 0,5 do dinheiro que emprestam em comissões. Ou seja, além de termos de pagar os 78 mil milhões mais cerca de 40 mil milhões em juros, ainda pagamos perto de 700 milhões aos senhores que vêm cá dizer que é preciso baixar salários e acabar com o serviço nacional de saúde, entre outras sugestões.
Nós, respeitosos e crentes, fazemos tudo como querem.
Já eu se chegar ao governo e lhes disser que quero o,5 em comissões do dinheiro que me estão a tirar todos os meses em impostos mandam-me passear. A mim ou a qualquer cidadão. Ao mesmo tempo dizem-me que devo produzir mais, que devo consumir menos e que devo poupar.
Eu que ainda tenho alguma memória lembro-me bem dessa conversa, vinha num manual de português do tempo de Salazar e do Estado Novo (como os adjectivos são belos), em que alguém recolhia tostões do chão, pois assim seria uma pessoa rica.
Duas gerações de portugueses fizeram isso. E como éramos ricos: uma imensa massa de emigrantes; casas sem condições; fome; altos níveis de analfabetismo e alcoolismo; empresários paupérrimos (como Feteiras e Champalimauds); carência de médicos e de tudo e mais alguma coisa.
A receita que estão a aplicar é a mesma. E como nos bons velhos tempos aos senhores doutores paga-se em ouro e de que maneira.
Grande país. Grandes dirigentes. Grandes empresários.
O crescimento é uma farsa, claro. Mas enquanto o discurso dura, há quem ganhe à tripa forra. Veja-se o caso dos nossos amigos da troika. Para nos ajudarem, o país paga-lhes supostamento 0,5 do dinheiro que emprestam em comissões. Ou seja, além de termos de pagar os 78 mil milhões mais cerca de 40 mil milhões em juros, ainda pagamos perto de 700 milhões aos senhores que vêm cá dizer que é preciso baixar salários e acabar com o serviço nacional de saúde, entre outras sugestões.
Nós, respeitosos e crentes, fazemos tudo como querem.
Já eu se chegar ao governo e lhes disser que quero o,5 em comissões do dinheiro que me estão a tirar todos os meses em impostos mandam-me passear. A mim ou a qualquer cidadão. Ao mesmo tempo dizem-me que devo produzir mais, que devo consumir menos e que devo poupar.
Eu que ainda tenho alguma memória lembro-me bem dessa conversa, vinha num manual de português do tempo de Salazar e do Estado Novo (como os adjectivos são belos), em que alguém recolhia tostões do chão, pois assim seria uma pessoa rica.
Duas gerações de portugueses fizeram isso. E como éramos ricos: uma imensa massa de emigrantes; casas sem condições; fome; altos níveis de analfabetismo e alcoolismo; empresários paupérrimos (como Feteiras e Champalimauds); carência de médicos e de tudo e mais alguma coisa.
A receita que estão a aplicar é a mesma. E como nos bons velhos tempos aos senhores doutores paga-se em ouro e de que maneira.
Grande país. Grandes dirigentes. Grandes empresários.
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