04 fevereiro 2010

La Palice e os blogues


A América produz estudos em barda. Não há dia em que a imprensa não traga as brilhantes conclusões a que chegaram certos cientistas norte-americanos. A coisa é de tal ordem que já nem sequer provocam um esgar. A princípio, a gente ria-se. E até comentava. Agora, tende a ficar indiferente. É que os estudos que vêm a público limitam-se a constatar o óbvio.
Este que aqui nos traz é sobre a fraca adesão que os blogues encontram junto dos adolescentes norte-americanos. O que é algo muito assustador. A capacidade de um adolescente expor pontos de vista e ter algo a dizer é, como se sabe, imensa. Os maiores escritores são sempre os adolescentes. Conseguem dizer muito em poucas palavras. Isto para não falarmos de erros ortográficos ou de construções frásicas quase hilariantes. O que não quer dizer que não haja um ou outro capaz de se expressar, de defender ideias e pontos de vista ou de tomar partido sem se limitar a ser básico. Mas para um quantos são absolutamente primários?
A necessidade de pertença a um grupo e a unanimidade de "opiniões" caracteriza-os, juntamente com um conjunto de valores que julgam seus e quase sempre são apenas modas. As redes sociais que dão voz a esse tédio grupal só podem ter sucesso junto deles. Como as têm gente dos carentes afectivos aquelas que se destinam a supostos encontros românticos ou de amizade.
Segundo um gestor de redes sociais na Mayo Clinic, citado pela edição online do "USA Today e traduzido pelo Público, "o Twitter é uma seca" e o Facebook tem mais sucesso entre os mais jovens porque permite que os utilizadores conversem em tempo real, através das salas de chat. As opiniões desse indivíduo, que partilha com o seu filho de 15 anos, mostram como o negócio dos adolescentes é altamente apetecido, quiçá por lucrativo nos EUA, quer para quem o disponibiliza, quer para quem dele se serve.


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