James Graham Ballard, um dos grandes visionários do século XX, considerado o último dos surrealistas e mestre da ficção científica, morreu hoje, com 78 anos, por causa de um cancro da próstata que há muito o afligia.
Britânico, nasceu em Xangai, onde viveu uma infância exótica e aventureira, tendo sido testemunha da invasão japonesa que o levou, a ele e à família para o campo de concentração de Lunghua. Essa experiência dramática deu origem ao romance autobiográfico O império do sol.
Foi para o Reino Unido já adolescente e custou-lhe a adaptação ao mundo cinzento e fechado da sociedade britânica do pós-guerra. Estudou Medicina, algo que é bem evidente nos seus livros, nomeadamente pelo recurso à anatomia, patologia e dissecação, às vezes de uma perturbadora fisicidade e sexualidade. Esteve na força aérea (RAF), que lhe proporcionou o curso de piloto e um imaginário particular, especialmente o que se relaciona com voos e aparatosas quedas de aviões.
Edifícios desabitados, night-clubs e hotéis abandonados, piscinas sem ninguém, desertos são alguns dos não-lugares que comparecem nos seus contos e romances, povoados pela estranheza e pela desolação.
Alguns dos seus livros foram transpostos para o cinema, como O império do sol, realizado por Spielberg e Crash, por David Cronenberg.
Britânico, nasceu em Xangai, onde viveu uma infância exótica e aventureira, tendo sido testemunha da invasão japonesa que o levou, a ele e à família para o campo de concentração de Lunghua. Essa experiência dramática deu origem ao romance autobiográfico O império do sol.
Foi para o Reino Unido já adolescente e custou-lhe a adaptação ao mundo cinzento e fechado da sociedade britânica do pós-guerra. Estudou Medicina, algo que é bem evidente nos seus livros, nomeadamente pelo recurso à anatomia, patologia e dissecação, às vezes de uma perturbadora fisicidade e sexualidade. Esteve na força aérea (RAF), que lhe proporcionou o curso de piloto e um imaginário particular, especialmente o que se relaciona com voos e aparatosas quedas de aviões.
Edifícios desabitados, night-clubs e hotéis abandonados, piscinas sem ninguém, desertos são alguns dos não-lugares que comparecem nos seus contos e romances, povoados pela estranheza e pela desolação.
Alguns dos seus livros foram transpostos para o cinema, como O império do sol, realizado por Spielberg e Crash, por David Cronenberg.
1 comentário:
Dia triste...
Ficámos todos um pouco mais pobres.
Aconselho a toda a gente a leitura do Crash. como habitual, o livro é muito superior ao filme.
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