O El País de hoje recorda o número de mortos da pneumónica ou gripe espanhola que matou 40 milhões de pessoas em todo o mundo, em 1918. A I Guerra Mundial terminou, nesse mesmo ano, com nove milhões de mortos. A gripe dizimou muito mais gente.
Foi a pior das três epidemias mundiais de gripe do século XX (1918, 1957 e 1968), e a pior pandemia de qualquer tipo registada na história. O vírus que a causou não provinha dos porcos mas das aves, de resto, era H1N1, como o actual. O H1N1 foi, até 1918, um vírus aviar, sofrendo depois mutações que causaram a morte de milhões de pessoas.
Os efeitos foram tão devastadores por causa da censura da guerra. Os países implicados não davam informações sobre a epidemia para não desmoralizar as tropas, de modo que as únicas notícias vindas a público foram as dos jornais espanhóis. Daí a designação de "gripe espanhola". O primeiro caso registado surgiu em Camp Funston (Kansas) a 4 de Março de 1918. Nessa altura, o vírus causava apenas um leve transtorno respiratório, embora fosse já muito contagioso, como qualquer gripe. Assim, em Abril tinha-se já propagado por toda a América do Norte e também pela Europa com a presença das tropas americanas.
A 22 de Agosto, em Brest, uma das principais entradas dos soldados norte-americanos na Europa, registam-se centenas de casos e espalha-se rapidamente, tendo sofrido alterações que tornaram o vírus letal. Provocava rápida pneumonia e dois dias mais tarde a morte. Na Índia, registaram-se 12 milhões de mortos.
Foi a chegada do vírus aos lugares mais recônditos que permitiu reconstitui-lo há quatro anos. Johan Hultin e cientistas militares, juntamente com Jefferey Taubenberger, lograram resgatar os genes do vírus dos pulmões de uma das vítimas, uma mulher que morrera em 1918 numa povoação esquimó do Alasca. O frio preservara-o e foi possível verificar que era um vírus da gripe aviar, com 25 mutações que se multiplica 50 vezes mais depressa do que o da gripe comum após o primeiro dia de infecção e 39.000 vezes mais nos quatro dias seguintes.
Foi a pior das três epidemias mundiais de gripe do século XX (1918, 1957 e 1968), e a pior pandemia de qualquer tipo registada na história. O vírus que a causou não provinha dos porcos mas das aves, de resto, era H1N1, como o actual. O H1N1 foi, até 1918, um vírus aviar, sofrendo depois mutações que causaram a morte de milhões de pessoas.
Os efeitos foram tão devastadores por causa da censura da guerra. Os países implicados não davam informações sobre a epidemia para não desmoralizar as tropas, de modo que as únicas notícias vindas a público foram as dos jornais espanhóis. Daí a designação de "gripe espanhola". O primeiro caso registado surgiu em Camp Funston (Kansas) a 4 de Março de 1918. Nessa altura, o vírus causava apenas um leve transtorno respiratório, embora fosse já muito contagioso, como qualquer gripe. Assim, em Abril tinha-se já propagado por toda a América do Norte e também pela Europa com a presença das tropas americanas.
A 22 de Agosto, em Brest, uma das principais entradas dos soldados norte-americanos na Europa, registam-se centenas de casos e espalha-se rapidamente, tendo sofrido alterações que tornaram o vírus letal. Provocava rápida pneumonia e dois dias mais tarde a morte. Na Índia, registaram-se 12 milhões de mortos.
Foi a chegada do vírus aos lugares mais recônditos que permitiu reconstitui-lo há quatro anos. Johan Hultin e cientistas militares, juntamente com Jefferey Taubenberger, lograram resgatar os genes do vírus dos pulmões de uma das vítimas, uma mulher que morrera em 1918 numa povoação esquimó do Alasca. O frio preservara-o e foi possível verificar que era um vírus da gripe aviar, com 25 mutações que se multiplica 50 vezes mais depressa do que o da gripe comum após o primeiro dia de infecção e 39.000 vezes mais nos quatro dias seguintes.
1 comentário:
Gostei muito da matéria sobre a gripe espanhola, bem simples e coerente. Me ajudou muito na minha pesquisa para a escola. Adorei também o esclarecimento sobre o nome do blog "pisca"em Espanhol. Gostaria de saber mais sobre artistas hispânicos no âmbito da pintura, escultura e literatura pois, sou estudante de língua espanhola e me encanta muchíssimo. Gracias.
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