29 novembro 2009

Para quem gosta de desenhar



os lápis são uma tentação. Por isso fomos espreitar a Viarco, que produz lápis e outros produtos para desenho altamente sedutores. No sítio da empresa descobrimos um pouco da história dos lápis no nosso país.
A origem do fabrico de lápis em Portugal remonta ao ano de 1907 quando o Conselheiro Figueiredo Faria juntamente com o seu sócio o Engenheiro Francês Jules Cacheux decidem construir em Vila do Conde uma unidade industrial de fabrico de lápis, designada por “Faria, Cacheux & Cª” também conhecida como Portugália.
Apesar da Portugália ter sido pioneira e bem sucedida no desenvolvimento e produção de artigos de escrita no país pensa-se que a sua actividade terá sido gravemente afectada com a entrada de Portugal na Primeira Guerra Mundial, principalmente pela Grande Depressão de 1929/31.
A viragem dá-se em 1931, quando Manoel Vieira Araújo, industrial experiente da chapelaria e figura proeminente de S. João da Madeira, decide diversificar o ramo de actividade da Vieira Araújo & Cª, Lda, e adquire a Fábrica Portuguesa de Lápis. No ano de 1936 é registada a marca que acompanharia gerações de portugueses até aos dias de hoje - Viarco.
Como é que fazem os lápis?
Grafite, argila e água são misturadas no moinho cerâmico (mais argila ou grafite conforme a graduação pretendida B, HB, H...), até se criar uma massa consistente e uniforme. Esta massa será colocada em sacos e introduzida numa estufa que lhe retirará a maior parte da água. O resultado, uma pedra de argila e grafite, vai ser triturada e reduzida a pequenos grãos de mistura que posteriormente serão introduzidos em rolos compressores para eliminar quaisquer impurezas existentes na argila.
Após este processo, o produto resultante será compactado num martelo pilão, formando um cartucho maciço de grafite com graduação pré-determinada que será colocado na prensa de onde sairão os “fios” de mina. Estes “fios” são cortados à medida pretendida do lápis, entrarão para uma máquina de secar que lhes retirará a água que ainda resta e vão cozer num forno à temperatura 1020ºC. Para que as minas fiquem resistentes, macias, aptas a escrever e apagar serão ainda de ser impregnadas de gordura por osmose.
As minas de cor têm por base da sua concepção o caulino, tylose, água e os pigmentos que lhes darão a cor pretendida. Estes produtos são introduzidos no misturador, formando uma massa consistente que será esmagada entre os rolos compressores, eliminando assim eventuais impurezas que prejudiquem a boa utilização do lápis de cor.
A partir desta fase, o material resultante seguirá o percurso já descrito anteriormente entre o martelo pilão e a máquina de secar, sendo que as minas de cor não irão ao forno cozer e são impregnadas de estearina e outras ceras em vez de gordura.
Para continuar a ler esta história fascinante, vá pelos seus dedos.
A Viarco tem novidades: uma aguarela de grafite para pintura, barras de grafite aguarelável para uso em grandes superfícies e um estúdio portátil com utensílios incluídos. Fazem parte da a linha ArtGraf, vocacionada para os técnicos das artes plásticas e design.

1 comentário:

Rocio disse...

Eu acho que é importante para as coisas de design, porque cresce bem em emisferio lado esquerdo do cérebro, eu espero que eu possa fazer as coisas como você, desde que você tenha minhas Lentes de contato coloridas