Tem a palavra Pedro Lapa:
«Um museu não é uma galeria de exposições temporárias, mas também não é um monumento bolorento, fixo, definido de uma vez por todas.»
«Os museus são laboratórios. Não são uma casa de entretenimento, são uma casa de partilha e discussão de conhecimento. Têm que fazer investigação. Com as pressões excessivas e completamente irresponsáveis colocadas aos directores, de angariação quer de fundos, quer de públicos, têm perdido aquilo que os constitui como referência. Veja-se o caso do MoMA, do Pompidou, veja-se o que foram e o que são hoje. Um museu não pode descurar a investigação e nós tentámos não descurá-la. Muitos dos catálogos que produzimos são documentos fundamentais para o estudo de determinados artistas e movimentos.»
«quando nos aproximamos da contemporaneidade o público português não está tão habituado: quando fizemos o Gerhard Richter, em 2004, foram, salvo erro, 14 mil visitantes, hoje seriam 24 mil.»
«Em 2007 decorreram em simultâneo a Documenta de Kassel, a Bienal de Veneza, o Münster Skulptur Projekte e a Bienal de Istambul. Em nenhum desses eventos - em nenhum! - esteve um artista português. Os artistas portugueses são maus? Não. Há bons artistas portugueses, melhores do que muitos que estiveram nesses eventos. O que é que se passa então? Há um profundo desconhecimento, um desconhecimento que só pode ser suplantado, se existir capacidade portuguesa de integrar redes de circulação emergentes com os que serão [um dia] os artistas e curadores dos grandes eventos. O grande problema português é que as instituições têm sido conservadoras nas suas programações.»
Fonte: Público
«Um museu não é uma galeria de exposições temporárias, mas também não é um monumento bolorento, fixo, definido de uma vez por todas.»
«Os museus são laboratórios. Não são uma casa de entretenimento, são uma casa de partilha e discussão de conhecimento. Têm que fazer investigação. Com as pressões excessivas e completamente irresponsáveis colocadas aos directores, de angariação quer de fundos, quer de públicos, têm perdido aquilo que os constitui como referência. Veja-se o caso do MoMA, do Pompidou, veja-se o que foram e o que são hoje. Um museu não pode descurar a investigação e nós tentámos não descurá-la. Muitos dos catálogos que produzimos são documentos fundamentais para o estudo de determinados artistas e movimentos.»
«quando nos aproximamos da contemporaneidade o público português não está tão habituado: quando fizemos o Gerhard Richter, em 2004, foram, salvo erro, 14 mil visitantes, hoje seriam 24 mil.»
«Em 2007 decorreram em simultâneo a Documenta de Kassel, a Bienal de Veneza, o Münster Skulptur Projekte e a Bienal de Istambul. Em nenhum desses eventos - em nenhum! - esteve um artista português. Os artistas portugueses são maus? Não. Há bons artistas portugueses, melhores do que muitos que estiveram nesses eventos. O que é que se passa então? Há um profundo desconhecimento, um desconhecimento que só pode ser suplantado, se existir capacidade portuguesa de integrar redes de circulação emergentes com os que serão [um dia] os artistas e curadores dos grandes eventos. O grande problema português é que as instituições têm sido conservadoras nas suas programações.»
Fonte: Público
Sem comentários:
Enviar um comentário