Há um novo sítio da cultura. Nota-se logo que é institucional. Pesado, com poucas imagens e muito texto. Ou seja, pouco atractivo se pensarmos em novos públicos. A lógica do espaço, embora servida online, enferma dos vícios antigos: corpo de letra miúdo, fundos claros e letras a cinzento (!) que se lêem mal, textos maçudos e com informação que não interessa ao menino Jesus.
Pode ser que a pouco e pouco ganhe visibilidade e se agilize, correspondendo pelo menos a procuras escolares (seja qual for o nível de ensino). Para já fica o espanto: 700 mil euros com um portal que “pretende assumir-se como motor para a mudança de paradigma da divulgação cultural em Portugal”. Os discursos do poder são sempre assim, inflamados, hiperbólicos. Mas vamos esperar para ver se daqui a meio ano já tem conteúdos digitais tridimensionais gratuitos. E se o mesmos são de molde a criar públicos e a fidelizá-los.
Pode ser que a pouco e pouco ganhe visibilidade e se agilize, correspondendo pelo menos a procuras escolares (seja qual for o nível de ensino). Para já fica o espanto: 700 mil euros com um portal que “pretende assumir-se como motor para a mudança de paradigma da divulgação cultural em Portugal”. Os discursos do poder são sempre assim, inflamados, hiperbólicos. Mas vamos esperar para ver se daqui a meio ano já tem conteúdos digitais tridimensionais gratuitos. E se o mesmos são de molde a criar públicos e a fidelizá-los.
2 comentários:
O portal tem já alguns espaços com fotografias, visitas virtuais, roteiros 3D e modelos 3D dos respectivos museus e palácios.
Poderá visualizar por exemplo o Palácio Nacional de Mafra, o Convento de Cristo, Mosteiro de Tibães, Museus Sores dos Reis no Porto, Fortaleza de Sagres... Estes foram alguns que já vi.
Creio que um espaço que se pretende ser global, que disponha toda a informação a nível cultural, que pretenda mostrar os museus a 3D e com visitas virtuais aos espaços é uma ideia e um projecto a louvar! Queixam-se sempre que para a Cultura nunca há investimento, ora aqui está um enorme investimento para a divulgação de todos os eventos e espaços culturais do país inteiro. Não vejo no ticketline (referência online da agenda cultural do país, apesar de ser ali que se compram os bilhetes acaba por ser muitas vezes uma referência de consulta) a anunciar a exposição do MN Arte Antiga, nem de certeza irei ver anunciado uma exposição num Museu em Braga ou em Viseu.
Acho que todas as iniciativas deste género são bem-vindas. Em vez de se criticar ao primeiro dia poder-se-á enviar sugestões. É o que irei fazer.
Não me incomodou os textos maçudos pois quem tem noção da nossa história e do nosso património sabe que não se pode reduzir a 3 linhas certos monumentos até porque a ideia é também ser uma referência ao nível da informação, foi o que me pareceu. Mas sim, concordo que se pode tornar mais apelativo e moderno.
Filipa,
No geral, concordamos consigo. E esperamos que o portal cresça e se torne uma referência nacional. Quanto aos nossos reparos, não são de bota abaixo, mas no sentido de espicaçar quem gere o portal, pois gostaríamos que fosse óptimo e que seduzisse os mais novos. É que Portugal precisa urgentemente de criar novos públicos.
Há outros locais que podem ser vistos em 3D e que o portal não inclui, apesar de serem monumentos nacionais (por exemplo, o Castelo de Guimarães: http://www.360portugal.com/Distritos.QTVR/Braga.VR/vilas.cidades/Guimaraes/Castelo-Muralha.html)
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