As ervas daninhas, particularmente o trevo, apropriam-se do terreno e estendem os seus tentáculos tendo ocupá-lo ao milímetro. Assim sobreviverão melhor. Assim têm o alimento todo para si.
Há quem faça política com o mesmo princípio: o de dominar. O senhor presidente da República Portuguesa, cuja eleição ficou marcada pela promessa de atenção à economia (qual espécie de messias, com os resultados que todos conhecemos), afinal não está preocupado com o país, mas com quem o anda espiar. Talvez ele tudo tenha feito para impedir a crise, mas, chatice!, os espiões estragaram tudo. Vai daí pediu (sugeriu, indiciou, fez sinal para, etc. etc.) a um assessor para tratar do assunto (claro que não pediu, o assessor é que, suicidário, avançou para a coisa sozinho) da espionagem. E o assessor não esteve com meias medidas, contactou um jornalista por telefone e encontraram-se discretamente num café (iriam ambos de fato de treino?). O dito cujo que estava de férias e é um redactor nato (até escreve "a história não vai ser fácil de fazer, mas se a conseguir-mos pode ser a bomba atómica") passou-a a um colega madeirense que trabalhou a notícia com afinco durante mais de um ano. Entretanto, o relógio continuou ao ritmo de muitas notícias até chegar o dia de Verão ideal para fazer estourar a bomba-relógio. A qual (porcaria de material made in China) não estourou, apenas fez ploff. Um ploff deixa sempre algo no ar e o ar move-se e chegou à redacção de outro jornal que resolveu pegar num email secreto e interno do jornal concorrente e preparar outra bomba-relógio. Mais uma vez ploff. Por mais que se esforcem, não saímos disto. E estamos em plena campanha, assunto tão sério e inquietante que não interessa a ninguém fora de portas. Talvez agora, com isto das escutas que afinal não são escutas, peguem no assunto e mostrem ao mundo que Portugal tem um timoneiro forte e importante: Cavaco Silva, o homem que vai salvar Portugal e, quem sabe, o globo, da crise.
Nós, meros espectadores, divertimo-nos com a coisa. Comida, viagens, figuras de fato e gravata ou até sem gravata (que a modernidade já chegou aos governantes de Portugal) e um problema institucional gravíssimo: não se passa nada. E como todos sabemos, não há como o tédio para estragar tudo.
Há quem faça política com o mesmo princípio: o de dominar. O senhor presidente da República Portuguesa, cuja eleição ficou marcada pela promessa de atenção à economia (qual espécie de messias, com os resultados que todos conhecemos), afinal não está preocupado com o país, mas com quem o anda espiar. Talvez ele tudo tenha feito para impedir a crise, mas, chatice!, os espiões estragaram tudo. Vai daí pediu (sugeriu, indiciou, fez sinal para, etc. etc.) a um assessor para tratar do assunto (claro que não pediu, o assessor é que, suicidário, avançou para a coisa sozinho) da espionagem. E o assessor não esteve com meias medidas, contactou um jornalista por telefone e encontraram-se discretamente num café (iriam ambos de fato de treino?). O dito cujo que estava de férias e é um redactor nato (até escreve "a história não vai ser fácil de fazer, mas se a conseguir-mos pode ser a bomba atómica") passou-a a um colega madeirense que trabalhou a notícia com afinco durante mais de um ano. Entretanto, o relógio continuou ao ritmo de muitas notícias até chegar o dia de Verão ideal para fazer estourar a bomba-relógio. A qual (porcaria de material made in China) não estourou, apenas fez ploff. Um ploff deixa sempre algo no ar e o ar move-se e chegou à redacção de outro jornal que resolveu pegar num email secreto e interno do jornal concorrente e preparar outra bomba-relógio. Mais uma vez ploff. Por mais que se esforcem, não saímos disto. E estamos em plena campanha, assunto tão sério e inquietante que não interessa a ninguém fora de portas. Talvez agora, com isto das escutas que afinal não são escutas, peguem no assunto e mostrem ao mundo que Portugal tem um timoneiro forte e importante: Cavaco Silva, o homem que vai salvar Portugal e, quem sabe, o globo, da crise.
Nós, meros espectadores, divertimo-nos com a coisa. Comida, viagens, figuras de fato e gravata ou até sem gravata (que a modernidade já chegou aos governantes de Portugal) e um problema institucional gravíssimo: não se passa nada. E como todos sabemos, não há como o tédio para estragar tudo.
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