Eu gosto de ler. Leio legendas de filmes, mensagens publicitárias, títulos de jornais e os rodapés que passam na TV. Passo os olhos pelo que a net me oferece. Quanto a livros, bem, tenho ser honesto e deixar vir à tona a minha educação católica: passo adiante, aborrecem-me. E não é por serem em prosa. Basta que seja livro. Os livros foram uma obrigação enquanto andei na escola. Mal saí, respirei de alívio. Libertei-me desse tormento. E não me dei mal. Evitei as questões que incomodam uma meia dúzia. Essa que de tudo gosta de fazer campo de batalha, mostrando ao mundo o que é e o que não é arte, mostrando o que é ou não é poesia. Os da prosa falam de vendas. Os da poesia falam do que é a poesia.
A poesia é um assunto nacional. Porque são milhares os que rabiscam umas coisas a que chamam poemas e porque são centenas os que juntam esses rabiscos e os publicam. De resto, os livros de poesia interessam a duzentas ou trezentas pessoas (às vezes mais, às vezes menos e nem sempre as mesmas, convém dizer). Mas que pessoas... Adoram fazer uso do indicador e, quais timoneiros da classe leitora, apontarem o caminho. Porque, quais deuses, vivem num mundo à parte, onde a VERDADE brilha com intensidade.
Eu, que não gosto de ler, mas rabisco uns versos, também sei o que é a poesia. A poesia não é. Porque a poesia é. Não é algo absoluto, embora muito ditador encapotado ache que sim. É o que cada poeta faz dela.
E o que é um poeta? Um criador. Alguém que ousa escrever contra os espartilhos de uma época, indo mais além. Pode haver quem, dado às formas, seja um esteta e procure inovar misturando as muitas formas que a poesia tem tido ao longo dos tempos. Há quem prefira entendê-la como maneira de dizer. Dizer de um modo pessoal o que é seu, mesmo que esse seu esteja altamente contaminado por tudo o que já foi dito.
O diálogo entre omelhoramigo e o rascunhonet é curioso, porque mostra duas maneiras distintas de entender a poesia. Se calhar até não tão distintas, apenas pondo em choque duas individualidades.
A poesia é um assunto nacional. Porque são milhares os que rabiscam umas coisas a que chamam poemas e porque são centenas os que juntam esses rabiscos e os publicam. De resto, os livros de poesia interessam a duzentas ou trezentas pessoas (às vezes mais, às vezes menos e nem sempre as mesmas, convém dizer). Mas que pessoas... Adoram fazer uso do indicador e, quais timoneiros da classe leitora, apontarem o caminho. Porque, quais deuses, vivem num mundo à parte, onde a VERDADE brilha com intensidade.
Eu, que não gosto de ler, mas rabisco uns versos, também sei o que é a poesia. A poesia não é. Porque a poesia é. Não é algo absoluto, embora muito ditador encapotado ache que sim. É o que cada poeta faz dela.
E o que é um poeta? Um criador. Alguém que ousa escrever contra os espartilhos de uma época, indo mais além. Pode haver quem, dado às formas, seja um esteta e procure inovar misturando as muitas formas que a poesia tem tido ao longo dos tempos. Há quem prefira entendê-la como maneira de dizer. Dizer de um modo pessoal o que é seu, mesmo que esse seu esteja altamente contaminado por tudo o que já foi dito.
O diálogo entre omelhoramigo e o rascunhonet é curioso, porque mostra duas maneiras distintas de entender a poesia. Se calhar até não tão distintas, apenas pondo em choque duas individualidades.
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