A Casa da Rua da Alcolena, no Restelo, em Lisboa, feita entre 1951 e 55, tem painéis de azulejos de Almada Negreiros, e nasceu de um projecto de quatro amigos que nela quiseram materializar o mito de Psique e Eros.
Para a historiadora de arte e investigadora italiana Barbara Aniello, a casa é uma "obra de arte total". "É difícil encontrar no âmbito europeu uma casa que reúna estas características", garante - e é isso que defende no e-book A Casa da Rua da Alcolena - História, Mistério, Símbolo (pode ser lido aqui).
O projecto é do arquitecto António Varela, que a desenhou para José Manuel Mota Gomes Fróis Ferrão, poeta e amigo de Almada. A casa é "um conjunto de poesia, porque José Manuel era poeta, de pintura de Almada, escultura de António Paiva e arquitectura de António Varela". Até o jardim faz parte do projecto cúmplice dos quatro amigos. "O jardim, com as suas plantas, foi pensado a partir de uma ideia unitária: o mito de Eros e Psique. Toda a casa conta as metamorfoses de Psique à procura de Eros."
Na altura, José Manuel, o dono da casa, tinha apenas 25 anos. Diz José-Augusto França: "Estranho proprietário este, homem de fortuna, vivendo com sua mãe, amigo do seu arquitecto e do seu escultor, e de Almada, em grandes frequências, autor de dez livros de poemas, entre 1944 e 1964, de limitadas tiragens e que se perderam bibliograficamente, sem registos de história ou de crítica que ao autor eram certamente indiferentes..."
A biblioteca era o centro da casa. No exterior dessa biblioteca, azulejos geométricos feitos por Almada desdobram-se por duas paredes como se fossem um livro aberto. E no interior, nas paredes negras, surgia, desenhada a branco, uma estrela de cinco pontas.
Os onze painéis de azulejos em vários pontos exteriores da casa, todos eles de Almada, repetem o tema de Eros e Psique, do amor sob diferentes formas: Columbina e Arlequim, Maternidade e Paternidade, um par de circo, outro dançante, outro ainda, enlaçado, num barco chamado Eros. Primeiro separados, depois unidos. É a busca da unidade, numa soma mais filosófica do que aritmética. "O casal, diz Almada, resolve-se numa equação impossível: 1+1=1. O que é matematicamente absurdo é filosoficamente exacto e rigoroso."
Para ler mais, ir aqui.
Para a historiadora de arte e investigadora italiana Barbara Aniello, a casa é uma "obra de arte total". "É difícil encontrar no âmbito europeu uma casa que reúna estas características", garante - e é isso que defende no e-book A Casa da Rua da Alcolena - História, Mistério, Símbolo (pode ser lido aqui).
O projecto é do arquitecto António Varela, que a desenhou para José Manuel Mota Gomes Fróis Ferrão, poeta e amigo de Almada. A casa é "um conjunto de poesia, porque José Manuel era poeta, de pintura de Almada, escultura de António Paiva e arquitectura de António Varela". Até o jardim faz parte do projecto cúmplice dos quatro amigos. "O jardim, com as suas plantas, foi pensado a partir de uma ideia unitária: o mito de Eros e Psique. Toda a casa conta as metamorfoses de Psique à procura de Eros."
Na altura, José Manuel, o dono da casa, tinha apenas 25 anos. Diz José-Augusto França: "Estranho proprietário este, homem de fortuna, vivendo com sua mãe, amigo do seu arquitecto e do seu escultor, e de Almada, em grandes frequências, autor de dez livros de poemas, entre 1944 e 1964, de limitadas tiragens e que se perderam bibliograficamente, sem registos de história ou de crítica que ao autor eram certamente indiferentes..."
A biblioteca era o centro da casa. No exterior dessa biblioteca, azulejos geométricos feitos por Almada desdobram-se por duas paredes como se fossem um livro aberto. E no interior, nas paredes negras, surgia, desenhada a branco, uma estrela de cinco pontas.
Os onze painéis de azulejos em vários pontos exteriores da casa, todos eles de Almada, repetem o tema de Eros e Psique, do amor sob diferentes formas: Columbina e Arlequim, Maternidade e Paternidade, um par de circo, outro dançante, outro ainda, enlaçado, num barco chamado Eros. Primeiro separados, depois unidos. É a busca da unidade, numa soma mais filosófica do que aritmética. "O casal, diz Almada, resolve-se numa equação impossível: 1+1=1. O que é matematicamente absurdo é filosoficamente exacto e rigoroso."
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