10 março 2010

Spínola


Foi marechal e após o 25 de Abril de 1974 assumiu a Presidência da República. Mas... como homem do antigo regime, não se sente confortável com o rumo esquerdizante que o país parecia tomar. Tenta um golpe a 28 de Setembro desse ano que falha e vê-se obrigado a abandonar a presidência. Não desiste e no 11 de Março de 1975 surge ligado ao golpe de estado de extrema-direita. Que mais uma vez falha e o obriga a fugir.
Spínola era já um terrorista e junta-se a um Pide no Exército de Libertação de Portugal (ELP). Ao ELP devem-se vários ataques bombistas a sedes de partidos políticos, o assassinato de um padre e outros actos de terrorismo.
Sabe-se que António de Spínola queria voltar ao poder através de um golpe de Estado e eliminar fisicamente os adversários políticos, segundo conta o jornalista Guenter Wallraff, que em 1976 se encontrou com o general na Alemanha, disfarçado de traficante de armas. O facto de Spínola lhe ter dito que queria armas para exterminar fisicamente os adversários levou depois a que as autoridades suíças, a quem Wallraff entregou provas, o detivessem e extraditassem mais tarde para o Brasil.

Fonte: JN

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