No espaço de duas décadas passamos de uma escola onde a autoridade do professor era real para uma escola que legitima a insolência, a preguiça, a má-criação dos alunos.
As campanhas reiteradas, até por gente que tem tutelado a pasta da Educação, contra os professores há muito deram frutos, razão pela qual foi criada a linha telefónica SOS Professor ou razão que levou o Procurador Geral a insistir há não muito tempo que atentar contra a pessoa do professor é crime e a ter explicado porque o é.
Portugal é um país com défices estruturais medonhos em todos os sectores. O do ensino não foge à regra. Com a agravante de os professores terem interiorizado muito rapidamente todos os tiques e chavões do eduquês, esse caldo requentado que legitima um abaixamento brutal nas competências alcançadas pela generalidade dos alunos no fim de cada ciclo de ensino.
Paralelamente, a legislação foi sendo orientada para objectivos fictícios, que passam pelos quadros estatísticos e pelas piscadelas de olho aos pais, essa entidade amorfa que, no seu pior, usa e abusa da escola com efeitos nefastos (antidemocráticos, de laxismo e no sentido de impedir que os filhos saiam da cepa torta, embora possam chegar a licenciados).
Tudo junto faz com que a sociedade portuguesa seja confrontada quase todos os dias com casos complicados que saltam das escolas para os noticiários.
Com Maria de Lurdes Rodrigues assistiu-se a um fenómeno inédito no corpo docente do ensino básico e secundário: a união. E a sensação de que algo estava a mudar. Mas a mudança é meramente fictícia.
Não nos esqueçamos que nestas duas décadas quer ao nível da formação de professores, quer ao nível geral tudo se tem feito para permitir situações lamentáveis, cuja factura social se começará a pagar de forma dramática em breve (o número de licenciados no desemprego é apenas uma gota de água).
Como sempre acontece quando as coisas dão para o torto, todos sacodem a água do capote. Mas é preciso não esquecer que as políticas têm rostos e nomes.
As campanhas reiteradas, até por gente que tem tutelado a pasta da Educação, contra os professores há muito deram frutos, razão pela qual foi criada a linha telefónica SOS Professor ou razão que levou o Procurador Geral a insistir há não muito tempo que atentar contra a pessoa do professor é crime e a ter explicado porque o é.
Portugal é um país com défices estruturais medonhos em todos os sectores. O do ensino não foge à regra. Com a agravante de os professores terem interiorizado muito rapidamente todos os tiques e chavões do eduquês, esse caldo requentado que legitima um abaixamento brutal nas competências alcançadas pela generalidade dos alunos no fim de cada ciclo de ensino.
Paralelamente, a legislação foi sendo orientada para objectivos fictícios, que passam pelos quadros estatísticos e pelas piscadelas de olho aos pais, essa entidade amorfa que, no seu pior, usa e abusa da escola com efeitos nefastos (antidemocráticos, de laxismo e no sentido de impedir que os filhos saiam da cepa torta, embora possam chegar a licenciados).
Tudo junto faz com que a sociedade portuguesa seja confrontada quase todos os dias com casos complicados que saltam das escolas para os noticiários.
Com Maria de Lurdes Rodrigues assistiu-se a um fenómeno inédito no corpo docente do ensino básico e secundário: a união. E a sensação de que algo estava a mudar. Mas a mudança é meramente fictícia.
Não nos esqueçamos que nestas duas décadas quer ao nível da formação de professores, quer ao nível geral tudo se tem feito para permitir situações lamentáveis, cuja factura social se começará a pagar de forma dramática em breve (o número de licenciados no desemprego é apenas uma gota de água).
Como sempre acontece quando as coisas dão para o torto, todos sacodem a água do capote. Mas é preciso não esquecer que as políticas têm rostos e nomes.
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