A política, a publicidade e grande número de pessoas já perceberam que o fosso entre a realidade e o que se diz é enorme. Porque a realidade é a realidade e a comunicação faz-se entre pessoas, e os rituais em que se processa essa comunicação há muito deixaram de se pautar pela sinceridade. O que importa, agora, é parecer que está tudo bem.
O mesmo deve acontecer com estudos como o de que fala esta notícia. O autor de "A Indisciplina em Sala de Aula: Uma Abordagem Comportamental e Cognitiva", Luís Picado, especialista em psicologia da educação, afirma: "Os professores são os responsáveis pelos problemas de indisciplina em sala de aula".
Luís Picado, no estudo em apreço, expõe os pressupostos que o norteiam e o modo como olha o tema da indisciplina. Para ele, trata-se de ter professores que sejam super-homens. Professores que, além de possuírem conhecimentos científicos, sejam também capazes de entender a "organização psicológica" dos alunos com problemas de comportamento. Repare-se: Luís Picado é um estudioso e sabe que, para chegar a conclusões, precisa de dados concretos e de enquadrar esses dados em termos aceites pela comunidade científica em que está inserido. Mas, quiçá por não ser comum os estudiosos terem a mínima noção do que é uma sala de aula, partem dos lugares comuns das suas comunidades para o estabelecimento de normas. O enfoque (como gostam de dizer) está no aluno e no princípio (doce e cândido) de que o aluno sabe o que é melhor para ele. Pena que estas belas teorias não sejam transpostas para o mundo do trabalho ou para o universo de qualquer relação de dependência.
O que está em causa é, parece-nos, a falta de uma cultura científica que parta para o terreno e observe. Há muitas turmas espalhadas pelo país onde há imensos casos de indisciplina, tome esta a forma que tomar.
Se não há receitas prévias, também não há professores prévios e leccionar em condições de desgaste recorrente deixa graves lesões nesse corpo de profissionais que trabalha tantas vezes isolado, cada um por si, também por causa dos muitos dislates que os soit disant "especialistas em educação" redigem para justificar lugares e existência.
As prisões são bem a prova de que são muitos os que infringem as leis. Os comportamentos desviantes fazem parte da maneira de ser de alguns indivíduos, por razões que os especialistas deviam estudar e dar a conhecer a quem com eles tem de trabalhar no dia a dia.
Acreditar que os ditos "reforços positivos" resolvem as situações é estar desfasado da realidade.
O mesmo deve acontecer com estudos como o de que fala esta notícia. O autor de "A Indisciplina em Sala de Aula: Uma Abordagem Comportamental e Cognitiva", Luís Picado, especialista em psicologia da educação, afirma: "Os professores são os responsáveis pelos problemas de indisciplina em sala de aula".
Luís Picado, no estudo em apreço, expõe os pressupostos que o norteiam e o modo como olha o tema da indisciplina. Para ele, trata-se de ter professores que sejam super-homens. Professores que, além de possuírem conhecimentos científicos, sejam também capazes de entender a "organização psicológica" dos alunos com problemas de comportamento. Repare-se: Luís Picado é um estudioso e sabe que, para chegar a conclusões, precisa de dados concretos e de enquadrar esses dados em termos aceites pela comunidade científica em que está inserido. Mas, quiçá por não ser comum os estudiosos terem a mínima noção do que é uma sala de aula, partem dos lugares comuns das suas comunidades para o estabelecimento de normas. O enfoque (como gostam de dizer) está no aluno e no princípio (doce e cândido) de que o aluno sabe o que é melhor para ele. Pena que estas belas teorias não sejam transpostas para o mundo do trabalho ou para o universo de qualquer relação de dependência.
O que está em causa é, parece-nos, a falta de uma cultura científica que parta para o terreno e observe. Há muitas turmas espalhadas pelo país onde há imensos casos de indisciplina, tome esta a forma que tomar.
Se não há receitas prévias, também não há professores prévios e leccionar em condições de desgaste recorrente deixa graves lesões nesse corpo de profissionais que trabalha tantas vezes isolado, cada um por si, também por causa dos muitos dislates que os soit disant "especialistas em educação" redigem para justificar lugares e existência.
As prisões são bem a prova de que são muitos os que infringem as leis. Os comportamentos desviantes fazem parte da maneira de ser de alguns indivíduos, por razões que os especialistas deviam estudar e dar a conhecer a quem com eles tem de trabalhar no dia a dia.
Acreditar que os ditos "reforços positivos" resolvem as situações é estar desfasado da realidade.
Sem comentários:
Enviar um comentário