10 novembro 2009

Memórias em contraluz


Petter Moen (1901-1944) foi um jornalista e resistente norueguês que a Gestapo capturou. Enquanto esteve preso redigiu um diário em pequenos papéis que enrolava e atirava por um ralo de ventilação. Como não tinha lápis nem caneta, grafava o que via e pensava em papel higiénico.
Esteve detido sete meses (corria o ano de 1944) no quartel general da Gestapo em Oslo. Período no qual perfurou cada letra sobre papel higiénico com um prego, dando testemunho do horror nazi.
Morreu num naufrágio com outros 400 prisioneiros quando era levado para a Alemanha. Um dos sobreviventes deu a conhecer a proeza de Moen quando acabou a guerra e o livro viria a ser editado em 1949, na Noruega, sendo depois traduzido para várias línguas.
O manuscrito encontra-se no Museu da Resistência de Oslo, mas não está exposto.

Fonte: El País

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