Há por aí muita gente dada aos oxímoros, talvez pelas afinidades entre a retórica e a política. Assim, não há dia em que não sejamos surpreendidos pelos muitos vãos da ironia. Hoje, acordamos com as crenças do vate-escritor-secretário-de-estado-da-cultura que, ou inspirado pelo aroma intenso de um charuto, ou pela riqueza calórica de algum tinto encorpado, propõe ao gentio deixar de comer um bife e batata frita para ir... (não seja pesporrente, leitor, muito menos malicioso) ao cinema.
Não há nada melhor, em tempos de "cortes na nossa vida” do que uma ida ao cinema. Só o cheiro a pipoca sacia, o que é bom para a linha e para o colesterol. Acresce o ruído das pedras de gelo da cola que acabam logo com a sede. O nosso Francisco José Viegas pensa à frente e adivinha uma “mudança de hábitos”. Os compatriotas deixarão de comer e de beber para se tornarem grandes consumidores de "cultura".
A gente percebe que as cadeiras onde se sentam tão doutas individualidades são elaboradas com materiais preclaros que não só proporcionam um incremento da fé como tornam os governantes em profetas.
Não há nada melhor, em tempos de "cortes na nossa vida” do que uma ida ao cinema. Só o cheiro a pipoca sacia, o que é bom para a linha e para o colesterol. Acresce o ruído das pedras de gelo da cola que acabam logo com a sede. O nosso Francisco José Viegas pensa à frente e adivinha uma “mudança de hábitos”. Os compatriotas deixarão de comer e de beber para se tornarem grandes consumidores de "cultura".
A gente percebe que as cadeiras onde se sentam tão doutas individualidades são elaboradas com materiais preclaros que não só proporcionam um incremento da fé como tornam os governantes em profetas.
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