16 março 2008

Camilo Castelo Branco


Camilo Castelo Branco nasceu há 183 anos, no dia 16 de Março de 1825, na freguesia dos Mártires (Lisboa). Filho de Manuel Joaquim Botelho Castelo Branco e de Jacinta Rosa do Espírito Santo Ferreira, recebeu o nome de Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco e foi registado, em 1829, como filho de mãe incógnita, porque pai e avó não queriam o nome Castelo Branco associado a alguém de tão humilde condição. Sua mãe morrera quando ele tinha apenas um ano de idade. A morte do pai, quando Camilo tinha 10 anos, obrigou-o a ir viver com uma tia, para Trás-os-Montes, onde seria educado por dois padres. Aí se entreteve a deambular pelos arredores com rapazes da sua idade. Por vezes, isolava-se e passeava sozinho, deixando-se absorver pela paisagem, algo que mais tarde viria a associar à felicidade.

Aos dezasseis anos (1841), é constrangido a casar com Joaquina Pereira de França, de quem teve uma filha, e instala-se em Friúme. No ano seguinte, prepara-se para ingressar na Universidade, indo estudar com o Padre Manuel da Lixa, em Granja Velha. Já separado de Joaquina, viveu maritalmente, em Vila Real, com Patrícia Emília de Barros, de quem também teve uma menina. Esse amor levou-os a ambos à Cadeia da Relação do Porto, em 1846. Pouco tempo depois abandonou Patrícia e manteve intimidades com a freira Isabel Cândida Vaz Mourão, freira do Convento de S. Bento da Ave-Maria, no Porto. Conheceram-se em 1850. Seis anos depois, apaixonou-se por Ana Plácido, mulher casada, o que levou os amantes à Cadeia da Relação do Porto, corria o ano de 1860. Com Ana Augusta Plácido teve três filhos. Contam-se ainda outras relações passionais frustradas, como as que teve com Maria Isabel do Couto Browne e a governanta Carlota de Sá.

Foi um dos primeiros, senão o primeiro profissional das letras portuguesas. Escrevia para viver e vivia para escrever, tendo-nos deixado uma obra vasta. Camilo foi romancista, poeta, panfletário, polemista, prefaciador, crítico, tradutor, dramaturgo, bibliógrafo, historiador, cultor de todos os géneros. O conjunto da sua obra literária é o mais vasto e diversificado de todo o século dezanove. Suicidou-se no dia 1 de Junho de 1890, na sua casa de São Miguel Ceide, Vila Nova de Famalicão. Eram 15h15. Estava cego e cansado do mundo.

O romance foi o género onde se distinguiu (publicou mais de cinquenta). Se quiseres ler alguns dos mais famosos, basta clicares em cima do título e descarregares a versão que mais te convém:Amor de Perdição (ver apontamento aqui), Novelas do Minho e A Queda dum Anjo.

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