Cem mil professores na rua a marchar contra uma política é algo de absolutamente inédito. E, por isso, cheio de significado. O ensino está mal. A política da educação do governo de Sócrates quer torná-lo pior. O absurdo instalou-se e os professores vieram para a rua. Ainda bem.
A par de alguns desabafos, pudemos ouvir opiniões de professores no topo de carreira que puseram a nu a fantochada do suposto processo de avaliação dos professores: o clima a azedar entre colegas numa mesma escola; os alunos a aproveitar para baixarem resultados sem serem penalizados; programas desfasados do rigor científico.
Como esses lúcidos profs fizeram questão de lembrar, os professores foram formados para avaliar alunos e não colegas, embora uns quantos medíocres se ponham em bicos de pés, pensando que a avaliação é um bolo que se distribui cinicamente e um modo de os resgatar da sua mediocridade. As consequências avizinham-se perigosas: para a escola pública, para o bem-estar da comunidade educativa, para a formação dos alunos. Mas a cegueira de uma equipa ministerial e o arrebatamento do primeiro-ministro impede-os de ponderar essas consequências, preferindo recorrer à demagogia.
A demagogia é o recurso retórico de quem não tem argumentos. E está encurralado. Cem mil professores na rua são bem a prova de quanto este governo se deixou encurralar, desbaratando um capital de simpatia que começou por colher junto da maioria dos portugueses.
A par de alguns desabafos, pudemos ouvir opiniões de professores no topo de carreira que puseram a nu a fantochada do suposto processo de avaliação dos professores: o clima a azedar entre colegas numa mesma escola; os alunos a aproveitar para baixarem resultados sem serem penalizados; programas desfasados do rigor científico.
Como esses lúcidos profs fizeram questão de lembrar, os professores foram formados para avaliar alunos e não colegas, embora uns quantos medíocres se ponham em bicos de pés, pensando que a avaliação é um bolo que se distribui cinicamente e um modo de os resgatar da sua mediocridade. As consequências avizinham-se perigosas: para a escola pública, para o bem-estar da comunidade educativa, para a formação dos alunos. Mas a cegueira de uma equipa ministerial e o arrebatamento do primeiro-ministro impede-os de ponderar essas consequências, preferindo recorrer à demagogia.
A demagogia é o recurso retórico de quem não tem argumentos. E está encurralado. Cem mil professores na rua são bem a prova de quanto este governo se deixou encurralar, desbaratando um capital de simpatia que começou por colher junto da maioria dos portugueses.
Sem comentários:
Enviar um comentário