21 outubro 2011

O exemplo que vem de cima

No nosso país os cortes são para aqueles que não podem fugir deles. Como foram sempre.
Numa altura em que a crise é... tão grande, que exemplo dão os governantes? Andam de motorista, recebem subsídios para viverem em sítios onde têm casa. Já o pagode tem de sofrer cortes nos salários com que contam para... sobreviver.
Veja-se o caso do ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, recebe todos os meses cerca de 1400 euros por subsídio de alojamento apesar de ter um apartamento seu na área de Lisboa onde reside durante toda a semana.
A mim faz-me espécie que numa altura supostamente tão má as mordomias se mantenham inalteráveis: políticos que recebem pensões.... por terem sido políticos. Políticos que ao seu salário (bastante alto para o nível médio salarial do país) juntam subsídios, ajudas de custo e outras regalias que estão vedadas ao comum dos cidadãos.
O problema deve ser meu, que percebo tudo ao contrário. Devia estar contente por haver dois pesos e duas medidas. Uma, para o comum dos cidadãos. Outra para quantos juram cumprir com lealdade as funções que lhe são confiadas.

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