23 março 2011

Brincar com o fogo para... mostrar que nada tem para se dizer

Portugal tem uma classe política engraçada. O governo passa à condição de demissionário. O líder do maior partido da oposição nada tem a dizer, salvo cada português encontrar o melhor dentro de si (os analistas económicos são categóricos: o PEC IV vai ser aprovado e ainda vai ser preciso mais um). A esperança é... uma flor de plástico.
Nenhum partido, como se viu pelas declarações que se seguiram à comunicação de Sócrates, tem nada a propor de concreto. Todos sabem que a factura é alta e que teremos de ser nós a pagá-la.
As eleições que aí vêm não mudarão nada. A confusão permanecerá. Apenas podem mudar (ao que parece) os rostos da governação.
O que é isto, afinal? Amuos de meninos crescidos? Brincar com o nosso dinheiro (que é diminuto)?

Resta esperar pelas eleições e ver:

a) como vai ser a abstenção;
b) quem vão ser os grandes derrotados;
c) que tipo de manobras serão necessárias para constituir um governo de maioria;
d) qual é o real buraco das contas públicas e como vai ser pago;
e) como vão cortar os salários (em troca das tais flores de plástico) os que até agora têm falado noutras maneiras de resolver os problemas ou onde vão esses mágicos buscar dinheiro.

A ordem das alíneas pode parecer arbitrária, mas creio que o que aí vem vai mostrar que não é tanto como parece.

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