Camilo Castelo Branco nasceu há 183 anos, no dia 16 de Março de 1825, na freguesia dos Mártires (Lisboa). Filho de Manuel Joaquim Botelho Castelo Branco e de Jacinta Rosa do Espírito Santo Ferreira, recebeu o nome de Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco e foi registado, em 1829, como filho de mãe incógnita, porque pai e avó não queriam o nome Castelo Branco associado a alguém de tão humilde condição. Sua mãe morrera quando ele tinha apenas um ano de idade. A morte do pai, quando Camilo tinha 10 anos, obrigou-o a ir viver com uma tia, para Trás-os-Montes, onde seria educado por dois padres. Aí se entreteve a deambular pelos arredores com rapazes da sua idade. Por vezes, isolava-se e passeava sozinho, deixando-se absorver pela paisagem, algo que mais tarde viria a associar à felicidade.
Aos dezasseis anos (1841), é constrangido a casar com Joaquina Pereira de França, de quem teve uma filha, e instala-se em Friúme. No ano seguinte, prepara-se para ingressar na Universidade, indo estudar com o Padre Manuel da Lixa, em Granja Velha. Já separado de Joaquina, viveu maritalmente, em Vila Real, com Patrícia Emília de Barros, de quem também teve uma menina. Esse amor levou-os a ambos à Cadeia da Relação do Porto, em 1846. Pouco tempo depois abandonou Patrícia e manteve intimidades com a freira Isabel Cândida Vaz Mourão, freira do Convento de S. Bento da Ave-Maria, no Porto. Conheceram-se em 1850. Seis anos depois, apaixonou-se por Ana Plácido, mulher casada, o que levou os amantes à Cadeia da Relação do Porto, corria o ano de 1860. Com Ana Augusta Plácido teve três filhos. Contam-se ainda outras relações passionais frustradas, como as que teve com Maria Isabel do Couto Browne e a governanta Carlota de Sá.
Foi um dos primeiros, senão o primeiro profissional das letras portuguesas. Escrevia para viver e vivia para escrever, tendo-nos deixado uma obra vasta. Camilo foi romancista, poeta, panfletário, polemista, prefaciador, crítico, tradutor, dramaturgo, bibliógrafo, historiador, cultor de todos os géneros. O conjunto da sua obra literária é o mais vasto e diversificado de todo o século dezanove. Suicidou-se no dia 1 de Junho de 1890, na sua casa de São Miguel Ceide, Vila Nova de Famalicão. Eram 15h15. Estava cego e cansado do mundo.
O romance foi o género onde se distinguiu (publicou mais de cinquenta). Se quiseres ler alguns dos mais famosos, basta clicares em cima do título e descarregares a versão que mais te convém:Amor de Perdição (ver apontamento aqui), Novelas do Minho e A Queda dum Anjo.
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