Desconhecemos a localidade, a idade, o sexo de quem fez o desenho. Nem isso parece importante. Para os mais distraídos, a coisa pode servir para ilustrar o acordo ortográfico. Para outros, é a prova do baixo patamar em que se move a escola pública. De facto, trinta anos depois já pouco interessa que se saiba ler, escrever, contar, pensar. Apenas que se faça de conta. O fazer de conta é politicamente aceite e, como se não bastasse, é vendido como sucesso educativo. Os pedagogos do eduquês dirão que o indivíduo em causa adquiriu as competências necessárias. Outros deitarão as mãos à cabeça e gritarão aqui d’el-rei! A interpretação tem destas coisas, cada um lê segundo a bitola em que foi formado.
O que não impede que a gente, pisca como é, pergunte: em que raio de língua são redigidas as leis da República Portuguesa? Será que o legislador é pai da criança?
Sem comentários:
Enviar um comentário