Nuno Pacheco no editorial de hoje do Público: «As "duas ou três línguas com dimensão efectiva ou tendencialmente global" a que Carlos Reis se referiu, por exemplo, quando defendeu o acordo no Parlamento são, curiosamente, as que maior número de variantes apresentam naquele que é o mais usado dicionário do mundo, o que integra o processador de texto Word, instalado em biliões de computadores. Ali, pode ver-se que o espanhol, por exemplo, tem nada menos do que 20 variantes (da Argentina à Venezuela, passando por duas só para o espanhol europeu: a variante moderna e a variante tradicional); o inglês tem 18 (da Austrália ao Zimbabwe, passando obviamente pelo inglês usado no Reino Unido e nos EUA); o francês tem 15 (da Bélgica às Índias Ocidentais, passando pelo Mali e pelo Mónaco); o árabe tem 16 variantes registadas. E mesmo línguas com menor difusão em países que não o da sua origem mostram-se mais assumidamente plurais: o alemão e o chinês têm cinco variantes, o sérvio tem quatro. E o português, em lugar de seguir a tendência das línguas mais faladas no Globo, aceitando a sua multiplicidade, procura reduzir as duas únicas variantes que ali tem (Portugal e Brasil, claro) a uma utópica língua "única".»
16 abril 2008
Desacordo ortográfico 4
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