30 maio 2010

The Big Butt Book


Depois de The Big Book of Breasts, The Big Book of Legs e de The Big Penis Book, eis que chega The Big Butt Book (O livro dos rabos grandes), em inglês, francês e alemão. O livro pretende mostrar a atracção da sociedade por essa parte do corpo ao longo de quatro décadas. Publicado pela editora alemã Taschen, a edição é de Dian Hanson. Que já está a preparar The Big Book of Pussy.
Diz ela que no Hemisfério Norte, a preferência pelos seios, muito populares há mais de 50 anos, vem dando lugar ao fascínio pelo rabo, em parte porque os povos do norte começam a respeitar mais a cultura afro-americana, que enfatiza os glúteos como fonte de estímulo sexual.

29 maio 2010

A maioria aperta o cinto, outros alargam-no


Gabinetes ministeriais custam mais de 30 milhões em 2010 diz o cabeçalho da notícia. E dentro dela vêm os pormenores. Por exemplo, com as deslocações e estadas do primeiro-ministro e dos 15 ministros o estado gasta, em 2010, um total de 1,5 milhões de euros, o que corresponde a um crescimento de 8,2 por cento.
Entre as rubricas que mais aumentam em 2010, estão os gastos em seminários (357 por cento para 135 mil euros); em publicidade (174,2 por cento para 47 mil euros) e os prémios, condecorações e ofertas (90,1 por cento para 167 mil euros).
As que mais caíram foram os artigos honoríficos e decoração (-74 por cento) e a limpeza e higiene (-21 por cento para 112 mil euros).
O Público está de parabéns. Faz falta que alguém esteja atento e separe o trigo do joio.
O governo faz apelo a contenções enormes, nalguns casos pondo em risco a sobrevivência de agregados familiares, mas quando se trata de staff, continua a gastar à tripa forra.

27 maio 2010

Botticelli, Vénus e Marte e a Erva do Diabo


Datura stramonium


Vénus e Marte

David Bellingham defende a tese de que a pose extasiada de Marte e o seu estado seminu se deve à Datura stramonium (canto inferior direito do quadro), ou estramónio ou Erva do Diabo e que o quadro faz portanto apelo ao abandono sensual. O estramónio é alucinogéneo e era usado no mundo antigo como tendo efeitos afrodisíacos, embora também altamente tóxicos.
Mais, aqui.

O que têm em comum Sorolla, El Greco e Solana?


São espanhóis, sim e... e podem ser vistos em detalhe neste sítio.
O projecto 'Obras maestras de la Colección Santander al detalle' introduz o internauta nos detalhes de Niños buscando mariscos, de Joaquín Sorolla; Cristo crucificado con Toledo al fondo, de El Greco e El lechuga y su cuadrilla, de José Gutiérrez Solana.

26 maio 2010

O Priôlo já não está criticamente em perigo de extinção



Fotos de cazeribeiro

Hoje estima-se que a população de priôlo esteja algures entre os 500 e os 800 casais. No início deste século, a população mundial do priôlo (Pyrrhula murina) estava reduzida a um grupo de entre 120 e 140 indivíduos, concentrada num cantinho montanhoso da ilha de São Miguel, nos concelhos do Nordeste e da Povoação. A ave, com 30 gramas e cerca de 16 centímetros de comprimento, estava a desaparecer devido à falta de alimento, por causa do recuo da floresta Laurissilva e da proliferação das espécies exóticas.
Dado o aumento da população da espécie, fruto do trabalho desenvolvido pela SPEA (Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves), a União Mundial de Conservação anunciou hoje oficialmente que decidiu retirar o priôlo, dos Açores, da lista das espécies Criticamente em Perigo de Extinção, descendo uma categoria e passando a estar “apenas” em Perigo.

Fonte: Público

Rentável?


Diz-se que as operadoras das linhas eróticas têm um part-time rentável. Aturar malucos e tarados rende-lhes algo que ronda os 300 euros por mês. Se isso é rentável, vou ali e já venho. Já para quem gosta, o caso muda de figura. Não é trabalho, são amendoins. Como se diz figurativamente noutro lado, Quem trabalha sem o declarar, "por baixo da mesa", ganha mais dinheiro por hora do que quem cumpre a lei.
Mais, aqui.

23 maio 2010

Nymphaea thermarum


A planta foi identificada há 25 anos, em 1985, no Sul do Ruanda, em Mashyuza, perto de uma nascente quente, pelo botânico alemão Eberhard Fischer. O diâmetro do botão da flor tem um centímetro e a planta cresce entre os cinco e os 25 centímetros. As folhas da maior espécie podem alcançar um diâmetro de três metros.
Fischer compreendeu na altura o perigo da extinção e levou algumas plantas para o jardim de Bona, na cidade alemã. Durante mais de uma década os botânicos conseguiram manter os exemplares mas não descobriram um modo de propagá-los. Em 2009, o Kew Garden recebeu sementes e botões vegetativos do nenúfar.
A planta desapareceu do seu habitat natural devido à exploração humana, mas o especialista em cultivo de plantas Carlos Magdalena conseguiu que a minúscula espécie voltasse a nascer no jardim Kew Garden, em Londres. Existem 30 exemplares que nasceram desde Novembro, e já estão a dar flor e sementes. O esforço de Magdalena para reavivar a espécie roçou o trabalho de detective, já que o especialista teve que procurar pela pouca informação disponível para recriar o meio natural que permite à espécie proliferar.

Fonte: Público

22 maio 2010

Livros e leilões


Há quem goste de primeiras edições. Há quem goste de as ter consigo, como se os livros contassem outras histórias além das que as letras dizem.
O público dos leilões de livros divide-se entre bibliófilos, alfarrabistas e curiosos. Às vezes, pelo fenómeno da disputa, os valores tornam-se espectaculares. Outras vezes, revelam-se decepcionantes. Mesmo assim, há dados que permitem saber a temperatura do mercado e a importância de certos livros.
A primeira edição da “Peregrinação” de Fernão Mendes Pinto não parece valer muito. Impressa por Pedro Craesbeeck, em 1614, a obra ficou-se pelos 15 mil euros.
A terceira parte do leilão, organizado pelo experiente Manuel Ferreira, onde isso aconteceu continha outros volumes significativos da nossa história literária: as primeiras edições dos «Sermões» do Padre António Vieira e do raríssimo «Livro de Cesário Verde»; as edições originais das obras de Verney e a dos autores que se vincularam à polémica que o seu «Verdadeiro Método de Estudar» trouxe a lume; Teixeira de Pascoaes, Camilo Pessanha, Fernando Pessoa, António Pedro, José Cardoso Pires, Eça de Queiroz, Antero de Quental, José Régio, Aquilino Ribeiro, José Saramago, Jorge de Sena, Miguel Torga, Carolina Michaelis de Vasconcelos, Mário de Sá Carneiro, Leite de Vasconcelos, Mário Cesariny de Vasconcelos.
Sabemos, pela notícia, que a primeira edição dos “Sonetos” de Antero de Quental, foi licitada na sessão de ontem e atingiu os 9400 euros. Fernando Pessoa continua a atrair as atenções (os livros de poesia inglesa que publicou em vida – “35 Sonnets” (1918), “Antinous” (1918) e “English Poems” (dois opúsculos editados em 1921) – renderam, respectivamente, 1900, 2200 e 2400 euros. Uma primeira edição da “Mensagem” chegou aos 2300, o “Ultimatum” de Álvaro de Campos foi comprado por dois mil euros, o panfleto “Aviso por Causa da Moral”, assinado pelo mesmo heterónimo, atingiu 1800, e a raríssima folha volante “Sobre Um Manifesto de Estudantes”, com a qual Pessoa saiu em defesa de Raul Leal, foi arrematada por 2200 euros).

21 maio 2010

A crise e as abéculas do costume


A crise é linda. é como um pôr do sol. A merda vai descendo, descendo e afoga-nos a todos. Os senhorinhos do costume vêm e cagam a sua poiazita, como querendo dizer Também existo, também existo!
A gente sabe que existem muitos senhorinhos. Por causa deles vivemos em crise há muito tempo. Porque são os senhorinhos que decidem onde e como gastar o graveto. São eles que ganham tanto ou mais do que os congéneres de todo o mundo. Já nós, simples mortais, somos tugas e como tal ganhamos abaixo de todos. Estamos na cauda da Europa.
O sôr Catroga é um dos senhorinhos que resolveu deitar a sua cagadita: a gente percebe, os impostos vão-lhe ao bolso e se o Estado baixasse os salários isso, para ele, nem aquecia nem arrefecia, mas do modo como as coisas estão, vai perder dinheiro e lá vem ele gritar aqui d'el-rei.
Porque será que os senhorinhos falam, falam e revelam sempre o mesmo: o profundo desprezo que nutrem pela vida do cidadão comum, que trabalha, paga impostos e o resto e não pode fazer nada senão assistir enjoado às atoardas dos senhorinhos?
É que para ter voz activa, os assalariados precisavam de ter notoriedade e isso vai contra a natureza das coisas. Por isso, pagam e pagam e se conseguirem encolhem os ombros a todos os senhorinhos.

20 maio 2010

O processo de Kafka


Imagem daqui

Quem é Kafka? Alemão, checo ou judeu? A questão que poderia parecer bizantina alimenta a gula de várias instituições que reclamam para si manuscritos do autor. Para já, terçam razões o Arquivo de Literatura Alemã de Marbach e a Biblioteca Nacional de Israel.
Kafka morreu a 3 de Junho de 1924 e deixou o pedido escrito de que fossem queimados os manuscritos sem serem lidos. O amigo não cumpriu o último pedido do autor. E publicou o que quis. Max Brod fugiu para Telavive aquando da praga nazi. E ali teve como secretária Esther Hoffe que passou a zelar pelos manuscritos de Kafka com afinco. O que não impediu que eles se fossem espalhando por várias paragens (desaguando, por exemplo, na Universidade de Oxford). Após a morte de Brod o comércio dos manuscritos acentuou-se, caindo as suspeitas sobre a secretária.
Em 1988, Hoffe decide separar-se de parte dos documentos kafkianos e vende, entre outras coisas, o manuscrito de O processo que viria a ser adquirido pelo Arquivo de Literatura Alemã, por cerca de 2 milhões de dólares, num leilão realizado em Londres. Quando morre, deixa às suas filhas Ruth e Hava o que restava do arquivo de Max Brod, com fortes probabilidades de conter ainda manuscritos inéditos de Kafka.
Agora, há quem assalte as manas para ficar com os tais manuscritos. A Biblioteca Nacional de Israel suspeita de tramóia económica das manas.
Para ler alguns dos capítulos desta novela em marcha, aqui, aqui e aqui.

16 maio 2010

Mário Cesariny - discurso sobre a reabilitação do real quotidiano

IX

no país no país no país onde os homens
são só até ao joelho
e o joelho que bom é só até à ilharga
conto os meus dias tangerinas brancas
e vejo a noite Cadillac obsceno
a rondar os meus dias tangerinas brancas
para um passeio na estrada Cadillac obsceno

e no país no país e no país país
onde as lindas lindas raparigas são só até ao pescoço
e o pescoço que bom é só até ao artelho
ao passo que o artelho, de proporções mais nobres,
chega a atingir o cérebro e as flores da cabeça,
recordo os meus amores liames indestrutíveis
e vejo uma panóplia cidadã do mundo
a dormir nos meus braços liames indestrutíveis
para que eu escreva com ela, só até à ilharga,
a grande história do amor só até ao pescoço

e no país no país que engraçado no país
onde o poeta o poeta é só até à plume
e a plume que bom é só até ao fantasma
ao passo que o fantasma - ora aí está -
não é outro senão a divina criança (prometida)
uso os meus olhos grandes bons e abertos
e vejo a noite (on ne passe pas)

diz que grandeza de alma. Honestos porque.
Calafetagem por motivo de obras.
É relativamente queda de água
e já agora há muito não é de outra maneira
no país onde os homens são só até ao joelho
e o joelho que bom está tão barato

[Manual de prestidigitação, Assírio & Alvim, 1981, págs.93-94]

XVII

eu em 1951 apanhando (discretamente) uma beata
(valiosa)
num café da baixa por ser incapaz coitados deles
de escrever os meus versos sem realizar de facto
neles, e à volta sua, a minha própria unidade
- fumar, quere-se dizer

esta, que não é brilhante, é que ninguém esperava
ver num livro de versos. Pois é verdade. Denota
a minha essencial falta de higiene (não de tabaco)
e uma ausência de escrúpulo (não de dinheiro) notável

o Armando, que escreve à minha frente
o seu dele poema, fuma também.
fumamos como perdidos escrevemos perdidamente
e nenhuma posição no mundo (me parece) é mais alta
mais espantosa e violenta incompatível e reconfortável
do que esta de nada dar pelo tabaco dos outros
(excepto coisas como vergonha, naturalmente,
e mortalhas)

(que se saiba) é esta a primeira vez
que um poeta escreve tão baixo (ao nível das priscas
dos outros)
aqui e em parte mais nenhuma é que cintila o tal
condicionalismo
de que há tanto se fala e se dispõe
discretamente (como quem as apanha.)

sirva tudo de lição aos presentes e futuros
nas taménidas (várias) da poesia local
Antes andar por aí relativamente farto
antes para tabaco que para cesariny
(mário) de vasconcelos.

[Manual de prestidigitação, Assírio & Alvim, 1981, págs.106-107]

Livros e políticos. Ou livros e presidentes


O livro. O determinante sugere o peso do nome. Livro designa um objecto que nuns desperta apetite e noutros repulsa. Os primeiros podem ser literatos, mas também podem ser presidentes, chefes de governo, ministros. Há uns anos, Aznar referiu-se a alguns autores espanhóis, contribuindo para que muitos procurassem livros desses autores, que desconheciam ou ainda não tinham lido.
No Público de hoje vem a tradução de um texto escrito por Tevi Troy, do The Washington Post. Transcrevemos o lead: «Sim, George W. Bush lia. Lia muito. Livros de Camus, biografias de Mao... mas não dizia. Tinha medo que a sua reputação estragasse a do livro. Foi caso único. Por regra, um livro nas mãos de um presidente dos EUA tem duplo impacte: ajuda a vendê-lo e revela o que vai no pensamento do inquilino da Casa Branca.»
O resto, é um artigo baço. Com excepção do caso Clinton: «Bill Clinton lia de forma ecléctica e frequentemente - os seus autores favoritos incluíam a poeta Maya Angelou, o romancista Ralph Ellison e o historiador Taylor Branch - e estava consciente de que as leituras presidenciais captavam atenções nos media e nos círculos intelectuais. Por isso, fez o possível para agradar aos intelectuais aparecendo em público com os seus livros. Uma vez colocou The Culture of Disbelief, do professor de Direito em Yale Stephen Carter na sua secretária na sala oval para que os jornalistas vissem o que andava a ler, e eles cumpriram as expectativas, noticiando-o. (...) Clinton também devorava policiais, apelidando-os de "pequena literatura de evasão"
E os nossos políticos? Sócrates lerá alguma coisa além dos dossiês ministeriáveis e do que sobre ele escrevem nos jornais? E Passos Coelho? E Paulo Portas, Francisco Louçã, Jerónimo de Sousa?

15 maio 2010

Michael Krüger

4

À noite é fácil falar do coração
do lago: o seu bater regular
sob a superfície qualquer o pode sentir,
se tocar no majestoso corpo.
E também da sua língua é possível falar,
os insistentes farrapos de frases que sobre ele
deslizam são compreensíveis.
Só tens que imaginar os olhos,
esses ficam invisíveis. Finalmente chegas
à margem, num ritmo lento e regular,
discretamente vais para terra.

5

Vou dizer o meu nome sobre
a água... Nada mais natural que repetir
esta ideia, mesmo que não haja eco.
Começas então a falar, palavra a palavra
o lago enche-se. Que pressa a tua!
Enxames de mosquitos fazem dançar o ar,
os peixes, como doidos, ultrapassam o limite,
tudo entra em movimento. Só tu o não
acompanhas, vais sossegando no desassossego, até que
as palavras te faltam. Passará muito tempo. A noite
traz-te o nome de volta. Não te reconheces.

[O Lago, versão e posfácio de João Barrento, apáginastantas, 1986]

13 maio 2010

Árvores milenares e outras raridades arbóreas em Portugal



[Imagens colhidas, com a devida vénia, aqui]

Na Quinta da Bacalhoa, em Azeitão, há uma oliveira cuja idade é estimada em 2300 anos. No aldeamento turístico de Pedras D'El Rei, no Algarve, há outra oliveira que também tem mais de 2 mil anos. Diz-se que para a abraçar são necessários cinco homens. Nada que se compare ao castanheiro de Lagarelhos, Bragança, famoso por ser, da espécie, um dos que possui maior perímetro de tronco: para o abraçar são necessários nada mais nada menos do que 13 homens.
Há ainda a azinheira com maior projecção de copa da Europa, em Lugar das Matas, Santarém; o carvalho mais antigo da Península Ibérica: o carvalho-roble ou carvalho-alvarinho de Calvos, Braga, que tem 500 anos. Refira-se também o eucalipto mais alto da Europa, com 72 metros, na Mata Nacional de Vale de Canas, Coimbra ou o castanheiro de Guilhafonso, Guarda, com 517 anos.
Uma das árvores mais altas de Portugal é a araucária de Vila Praia de Âncora, Viana do Castelo, com 47 metros, um ponto de referência para os barcos de pesca que andam no mar.
Já não pela idade, mas pelo seu feitio bizarro, destaca-se o pinheiro rastejante do Litoral, um pinheiro-bravo na Mata Nacional de Leiria com cem anos e cujo tronco faz lembrar uma serpente, por "culpa" do vento que o entortou.
Os troncos dos 37 plátanos que ornamentam uma alameda do Jardim da Cordoaria do Porto são igualmente invulgares: são curtos e grossos, assemelhando-se a cones, possivelmente devido a uma doença que os deformou quando eram jovens. E na Quinta da Parra, em Olhão, uma alfarrobeira com 600 anos tem cavidades internas que se parecem com pequenas casas ou grutas.

Informações colhidas aqui e aqui.

12 maio 2010

Sexo, Carla Bruni e Michelle Obama


O casal Bruni-Sarkozy “fez esperar um líder estrangeiro enquanto terminava de fazer sexo".
O caso terá sido relatado pela própria e, curiosa, terá inquirido a mulher do presidente dos EUA sobre algo semelhante. Michelle parece que respondeu que não com um riso nervoso.

Fonte

Procura-se cidadão anónimo para dar nome a rua do Porto

Estão abertas as candidaturas ao concurso de carácter único para atribuir nome de um cidadão anónimo a uma rua do Porto. A ideia é de Joshua Sofaer, artista britânico. Pretende-se lançar uma discussão sobre as pessoas que recompensamos na sociedade de hoje, o modo como o fazemos e dar o pontapé de saída para uma conversa sobre vários temas, incluindo a cidadania, a história e a família, entre outros.
Para encontrar alguém que dê o nome a uma rua do Porto está aberto a partir de hoje, com o lançamento oficial do site www.viverarua.com.
Após o encerramento do concurso, a 10 de Junho de 2010, data de encerramento do FITEI 2010, o júri escolherá um vencedor entre as motivações e os nomes a concurso, a ser proposto à Comissão de Toponímia da Câmara Municipal do Porto.
A inscrição pode ser efectuada em viverarua, ou pelo correio, enviando a candidatura e imagem a apoiar e a nomeação para: VIVER A RUA, Núcleo de Experimentação Coreográfica – Fábrica Social, Rua da Fábrica Social, s/n, 4000-201 Porto.

11 maio 2010

Mais estudos, mais coisas óbvias


Os homens não têm mais prazer do que as mulheres, dizem os sexólogos. Homens e mulheres ficam objectivamente mais excitados com filmes pornográficos do que com os eróticos. No entanto, a resposta fisiológica não significa obrigatoriamente que haja prazer, porque a "sexualidade é muito mais do que erecção e lubrificação".
"Há uma discrepância entre a resposta fisiológica e a mental aos estímulos sexuais". Prazer e satisfação sexual podem ser obtidos de diversas formas e em diferentes contextos e essa liberdade, desde que não interfira com a liberdade de terceiros, é um direito tão fundamental como qualquer outro.
A sensação de excitação e de prazer é em grande parte determinada por pensamentos e emoções, enquanto a resposta fisiológica é relativamente independente de factores psicológicos.

Mais: 1 e 2

O novo Pompidou





Metz, na Lorena francesa recebe o novo Centro de Arte Pompidou. Um edifício pensado pelo arquitecto japonês Shigeru Ban e pelos franceses Jean de Gastines e Philip Gumuchdjian.
86 milhões de euros para uma planta hexagonal em que sobressaem três galerias sobrepostas com 80 metros de largura e grandes janelas que, tal como a casa mãe, o Pompidou de Paris, oferecem grandes vistas da cidade. De uma delas pode-se observar a catedral de Metz com efeito óptico: quanto mais nos aproximamos da janela, mais se distancia o monumento.
O museu do Louvre também prepara a sua sucursal, em Lens, que se prevê esteja concluída em 2012.

Fontes: El País

09 maio 2010

Há animais gay?



Com este título é publicada uma reportagem no El País, onde se dá conta do relacionamento entre as fêmeas dos albatrozes e das dúvidas que levantam no seio da comunidade científica. Também se fala da histeria dos movimentos gay que querem à viva força fazer uso disso, como se houvesse uma relação de causa-efeito entre o comportamento das aves e o dos humanos. Ou dos cientistas que deixam vir ao de cima as suas homofobias.
Há 450 espécies onde se verificou haver relações de corte e acasalamento entre machos e machos ou entre fêmeas e fêmeas. Se por um lado, a actividade homossexual se observa com frequência em populações animais em que escasseia um dos sexos, tanto na natureza como nos zoos, por outro, nem sempre a natureza corresponde ao apetite unificador dos cientistas, que desejam à viva força ter uma teoria que explique tudo.

06 maio 2010

Raymond Carver

Sunday Night

Make use of the things around you.
This light rain
Outside the window, for one.
This cigarette between my fingers,
These feet on the couch.
The faint sound of rock-and-roll,
The red Ferrari in my head.
The woman bumping
Drunkenly around in the kitchen...
Put it all in,
Make use.

[All of us, Vintage Books, 2000, pág. 257]

Hummingbird

Suppose I say summer,
write the word “hummingbird,”
put in an envelope,
take it down the hill
to the box. When you open
my letter you will recall
those days and how much,
just how much, I love you.

[All of us, Vintage Books, 2000, pág. 278]

05 maio 2010

Doris Salcedo



Esta instalação de 2003, em Istambul, com 1150 cadeiras é, juntamente com 'Shibboleth', na Tate Modern, o que mais aparece na net quando se procuram imagens da escultora colombiana que recebeu o Prémio Velásquez de 2010.
Em 2007 dizia coisas como esta: "El arte tiene un poder enorme: tiene el poder de devolver al dominio de la vida, al dominio de la humanidad, la vida que ha sido profanada".

Quando uma figura do Estado se excede

há sempre uma desculpa. Mas a lei, que é feito da lei que as figuras do Estado redigem e aprovam? Deve estar atordoada sob os efeitos da “violência psicológica insuportável”.

A lógica dos negócios é sempre mais forte


Para algumas cabeças as ditaduras são a panaceia. No entanto, quando há ditaduras acontecem sempre casos destes e quem paga tudo, com ou sem ditadura, são os do costume: os que ganham pouco. Porque são muitos. Mesmo assim, com baixos índices de escolaridade e muitas vezes semi-analfabetos acham que estão melhor assim.

03 maio 2010

O meu herói do dia


Um reformado de Areosa, Viana do Castelo, decidiu pagar uma multa de trânsito de 30 euros com dois quilos e 150 gramas de moedas, quase todas de 1 cêntimo.
Respondeu assim ao que considerou excesso de zelo da polícia.
Há maneiras inteligentes de protestar e esta foi uma delas. Viva o sr. Jorge Lima.

Fonte: JN