01 julho 2009

O graffiti segundo Vhils




Vhils é o pseudónimo artístico de Alexandre Farto, artista de rua que já saltou fronteiras. Amanhã inaugura a primeira exposição individual em Londres, na galeria Lazarides, que representa Banksy, Invader e David Choe.
Em Londres e também em Lisboa, o mercado da "street art" está a atrair a atenção de mais coleccionadores, agora que também passou a apresentar-se em "espaços expositivos". Segundo Matilde Meireles, da galeria Vera Cortês, que representa Alexandre Farto em Portugal, é uma arte que está na moda.
Para Vhils, a valorização da arte de rua ainda está para vir, quando a geração que mais se identifica com a estética, que está agora entre os 15 e 25 anos, ganhar poder de compra. "Acredito que, num futuro próximo, quando essa geração for a que tomar a situação, as coisas vão ser mais sérias".
O artista, que começou a fazer grafitti em muros e comboios aos 13 anos em Lisboa, nunca pensou que o interesse pela pintura e desenho tivesse futuro. A perspectiva mudou quando conheceu o trabalho de outros artistas internacionais e percebeu que "conseguia transmitir alguma coisa com isto e ter uma ideia por trás" das pinturas que fazia pela cidade.
A certa altura, recordou Matilde Meireles, Alexandre, então com 18 anos, começou a questionar-se se devia fazer um trabalho mais convencional, como pintar telas, para poder afirmar-se. Incentivaram-no a continuar na arte de rua, mesmo que isso implique intervenções ilegais - quer as que continua a fazer sozinho, quer as que desenvolve com o colectivo VSP. "Ser ilegal dá a liberdade de conseguir entrar num contexto que as pessoas não estão à espera e isso, na minha opinião, é o que diferencia a street art - graffiti de tudo o resto".

Fonte: DN

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