30 julho 2009

O afundamento da escola


A culpa dos maus resultados nos exames só pode ser uma: dos alunos. Porque não fazem o que deviam fazer, estudar. E durante as aulas estão sempre a tentar que os profs não dêem matéria, mas que conversem.
Se houvesse sinais exteriores de que a escola não é para brincar, pois tem outra função, talvez alunos e pais percebessem que as explicações por si só não ajudam e que sem vontade dos alunos não se vai a lado nenhum.
Toda a gente quer que os médicos saibam as respostas para os problemas que têm. Já pensaram que se os médicos não estudarem, não se actualizarem pouco sabem? Ficam contentes quando encontram médicos assim?
Muitas outras profissões exigem rigor, conhecimentos, saber, mas, curiosamente, Portugal deve ser, juntamente com Espanha e Itália, dos poucos países em que pouco se valoriza a escola.
Qualquer emigrante de leste tem filhos bem preparados e que alcançam óptimos resultados, mesmo não sendo o português a língua materna. Como é que os autóctones são tão grunhos?
Atirar as culpas para cima do Ministério é atirar areia para os olhos das pessoas, embora este Ministério tenha dado demasiados sinais de paralisia mental e tenha contribuído para a ideia de que com eles tudo ia ser tão fácil como limpar o tutu ao Menino Jesus. Pelos vistos não foi. Mas será que aprenderam a lição ou será que apenas vão engrossar o grande número de ressentidos contra a escola?

1 comentário:

  1. Não só não se podem comparar resultados da 1a e 2a fase dos exames, como olhar apenas para os resultados globais é enganador. Deviam ser comparados apenas os resultados dos exames dos alunos internos e de cada fase com anos anteriores. E aí não há hecatombe. Matemática A teve 10,5 de média contra 10,6 no ano passado. Não vejo anormalidade. Fisica e Biologia são inferiores, mas há outras que são superiores ao ano passado como Geografia A, Desenho A e Historia A. Parece-me normal

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