30 maio 2009

O populismo da candidata do PCP


Os salários elevados são um direito, embora isso possa soar mal aos ouvidos da populaça. E a mim desagrada-me que uma deputada comunista venha acenar com causas que são recorrentes em partidos populistas como o CDS-PP. Se não é aflição é outra coisa pior.
Os deputados devem ter um salário digno, para que possam exercer a sua actividade de representantes do povo livremente, mesmo que falar disto seja correr o risco da pura ficção. Já que eles quase sempre representam interesses particulares do partido ou de outras clientelas. A senhora Ilda Figueiredo é um bom exemplo disso.
A crise de que fala enferma ou da falta de ideias ou do medo de a votação do PC diminuir drasticamente (à medida que os velhos comunistas vão morrendo, o PC perde base de apoio). Há muito para fazer na Europa, ao nível salarial e a outros níveis. E disso deveria falar. Por pedagogia e em nome da ideologia que parece ser a sua, mas não. Sendo assim, porque não opta por receber o salário mínimo nacional?

3 comentários:

  1. meu caro...3700 euros por mes não é um salário digno? se a nós nos dizem que temos de apertar a cinta, e vivemos com menos de um terço, pq é que os srs deputados nao podem dar o exemplo e viver com os míseros 3700 euros por mes?populismo não, integridade e vergonha na cara tem a Ilda figueiredo.

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  2. Se a "populaça" ganhasse quase 8.000 Euros e pudesse aumentar-se a si própria, tal como fizeram os eurodeputados, então sim, seria uma proposta populista.

    A propósito Ilda Figueiredo fala que se farta das desigualdades salariais europeias, aliás, virtualmente não fala de outra coisa. Há é quem prefira ignorá-lo ou silenciá-lo.

    Quanto às putativas descidas de votação e as suas eventuais razões, abra os olhos, olhe para as performances eleitorais das últimas eleições e não confunda os seus desejos com a realidade.

    Um post decepcionante para aquilo a que este blog nos tinha habituado!

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  3. Caríssimos, vejo que o plim vos faz teclar. E que ginástica fazem para defender a Ilda Figueiredo.
    O que eu gostava era de a ver defender causas e não andar pelos terrenos movediços do populismo.
    De resto, não estou a par dos meandros salariais dos eurodeputados, nem me parece que seja assunto preponderante quando há tanta coisa a apertar os calos de quem trabalha. A mim incomoda-me que em nome da crise se despeça a torto e a direito ou que as pessoas que trabalham recebam salários miseráveis. Os que ganham bem, acho justíssimo.

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