"São epifenómenos minoritários [a proibição de umas imagens num computador Magalhães num Carnaval, ou o confisco de uns livros com a "origem do mundo" de Courbet na capa], não revelam qualquer doença social, porque de um modo geral toda a gente os condenou. Naturalmente, sem dúvidas, sem hesitações." José Pacheco Pereira dixit (Público, edição papel de hoje).
Toda a gente condena o racismo. No entanto as anedotas sobre pretos são frequentes e tranversais a faixas etárias e grupos sociais. Seguindo a douta lógica do inquisidor-mor não há racismo em Portugal. Ou há de facto racismo, mas não é aqui, não é nos actos isolados de fulano e beltrano.
Se pensássemos como o inquisidor-mor perceberíamos que também a ele lhe faz espécie a "Origem do Mundo" de Courbet, os pénis de Mapplethorpe ou o casamento de homosseuxuais, entre outras coisas, claro. Os inquisidores são sempre feitos dessa mesma massa: atiram areia para os olhos dos que já estão cegos.
Contra o aumento fascismo na Europa : Phalluzoïde ou L’Origine du Sexe é uma obra do pintor Jan Theuninck
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