06 abril 2012

Fim do estado de graça?

As vozes que já se fazem ouvir, até há pouco intimamente conotadas com o governo e agora de sinal contrário, mostram que se avizinham dias complicados.
Diz Vítor Bento: A protecção de que dispõe o sector não transaccionável da economia, e que, como é público, considerei há tempos como o "nó cego da economia", continua praticamente intocada. Se dúvidas houver, vejam-se os aumentos salariais aí praticados quando a economia está em profunda recessão e o desemprego em 15%. Por isso, este é o sector que continua a atrair investimento estrangeiro. Este é importante, sem dúvida, na situação de carência em que o País vive. Mas trata-se de investimento que, na prática, é apenas financeiro - certamente não desinteressado das rendas do sector -, mas sem impacto no stock de capital ou na criação de emprego. (fonte)
Pacheco Pereira vai mais longe e diz, preto no branco, que "É evidente a má-fé do primeiro-ministro, que prometeu e não cumpriu", ao ter estendido o corte nos subsídios de Natal e de férias até ao final da vigência do programa de assistência financeira a Portugal. (fonte)
Para os fanáticos do PSD ou do PP o governo tudo faz com a melhor das intenções. Ou seja, mesmo que lhes dêem na cabeça os fanáticos mantêm-se indefectíveis. O problema é haver gente que a cada ano que passa tem de reorganizar a sua vida e cada vez menos acredita nas promessas do governo. Já percebeu que entre Sócrates e Passos Coelho a diferença é a favor de Sócrates, pois este ainda não tinha mexido em subsídios.
Esta percepção indicia uma mudança latente na maioria do eleitorado que deu a vitória ao PSD e que o levou a formar governo com o PP.


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