20 fevereiro 2012

Da banca e da política. Quem manda mais?

A resposta é óbvia? Não, não é. O que acontece é que os ministros da economia e das finanças sabem que a vida não acaba no governo...
Veja-se: Sócrates lutou até ao fim para que não houvesse pedido de ajuda. A banca fez o inverso. Ouça-se Judite de Sousa: “Muitas pessoas não perceberam porque é que andava a entrevistar banqueiros todos os dias. A verdade é que as entrevistas foram feitas numa segunda, numa terça, numa quarta e numa quinta; 48 horas depois, o primeiro-ministro estava a pedir ajuda financeira.” “Acabei por, com aquelas entrevistas, fazer parte de uma narrativa que foi meticulosamente preparada pelos banqueiros para acertar uma posição conjunta de forma a fazer um ultimato a José Sócrates.”
Por onde partiu a corda? Pelo lado de Teixeira dos Santos. Este sabia que Portugal não tinha força nem dinheiro para aguentar o braço de ferro com os mercados e com a banca.
A banca, como também já se percebeu, não cumpre a função de financiar a economia, mas os gestores ganham como reis. A banca é grande. Os portugueses são pobres... de espírito.
Quem acredita na troika ganha pouco e mal. Quem cumpre a missão de dourar a pílula da troika ganha muito acima da média dos portugueses e precisa de manter o seu nível de vida.

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