15 fevereiro 2012

A choldra da Europa comunitária

A Comunidade Europeia mostra-se tal como é: uma farsa. Nada de comunidade e muito do E que deixou cair, Económica. O que interessa, sempre, é o plim. O resto é uma velha cantiga que continua a ter os seus efeitos sociais.
Desde que os bancos alemães, franceses e outros se livraram da dívida grega que o "risco de contágio" se tornou irrelevante. E logo começaram os arautos a apregoar a cantilena da saída do euro da Grécia. Países que têm latente uma forte tendência de extrema-direita (populismo disfarçado de patriotismo, negócios de milhões em nome das pátrias) como a Alemanha, a Holanda e a Finlândia começam a subir o tom e a revelar-se a cloaca, senão mesmo a latrina que são.
Abençoado presidente grego Carolos Papouilas que pergunta e bem: "Quem é o Sr. Schauble para criticar a Grécia?"
Mesmo gente nascida na Grécia não se enxerga e vem com a prosápia rançosa da publicidade, como esse deputado alemão de origem grega, Yiorgos Chatzimarkakis, militante do Partido Liberal incorporado na coligação Merkel. Propõe ele que “Para um honesto ‘new beginning’, a constituição grega deve ser escrita a partir do zero e o país deve passar a ser conhecido em todas as línguas como ‘Hellas’, porque precisa de uma nova imagem.”
A idiotice levou a Europa a este beco. Será que os europeus têm tomates para sair da choldra em que estão atolados?
Se houver mudança no país de Sarkozy, pode ser que a Europa comece a orientar-se numa direcção menos infecta. Por ora resta-nos fazer como Cossery e olhar para esses burocratas com escárnio e altivez.

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