05 janeiro 2012

Enquanto se discute maçonaria há quem diga que

«Num conjunto de seis países, Portugal foi o que infligiu uma maior queda de rendimento nas classes mais pobres com as medidas de austeridade que adoptou. Os resultados são de um trabalho da Comissão Europeia em que se comparam os efeitos distributivos das medidas de austeridade adoptadas pela Estónia, Irlanda, Grécia, Espanha, Portugal e Reino Unido. A conclusão sobre Portugal é brutal: "Portugal é o único país com uma distribuição claramente regressiva" nos efeitos das medidas adoptadas entre meados de 2008 e meados de 2011.

(...)

A Irlanda como o Reino Unido fazem os ricos pagar a crise.

(...)

Na Grécia quem mais tinha mais pagou. Foi o país onde as medidas tiveram uma carácter de maior progressividade e é, por isso, a imagem simétrica à de Portugal. Mas isso não evitou a revolta social. Será que os pobres se manifestam menos? A correlação pode ser abusiva, mas o confronto entre o que se passa na Grécia e em Portugal convida a essa conclusão aparentemente disparatada: as classes com rendimentos mais elevados tendem a revoltar-se mais.»

Helena Garrido

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