07 novembro 2011

Europa em crise, extrema-direita a inchar

Helena Garrido insiste num ponto que parecia esquecido quando se fala em finanças: a democracia. Diz: «George Papandreou, com a ideia do referendo, lançou sobre uma Zona Euro, medrosa e subjugada ao populismo e ao sector financeiro, uma autêntica basuca. (...)
Os soberanos têm a obrigação, em nome do poder que os povos lhes delegaram, de ter a coragem necessária para adoptarem as medidas que melhor servem o futuro dos seus cidadãos. Não são servidores da economia financeira. Isso foi o que fizeram no passado, deixando-se capturar por uma lógica que conduziu o mundo ocidental à pior crise de que há memória. Para quem não se lembre, o problema de hoje começou em 2007 nos Estados Unidos, não nasceu na Grécia, nem na Irlanda nem em Portugal.»

Nem a propósito, noutras paragens, revela-se que a extrema-direita está a crescer em toda a Europa. Sobretudo entre os mais novos, maioritariamente do sexo masculino. Grunhos que usam a net para veicular ódios, frustrações e ideias-feitas. As consequências poderão ser graves. Reacendem-se ideias que queimaram a Europa há sete décadas. Com a mesma origem: os partidos tradicionais correm demasiado colados aos interesses financeiros e descuram a vida dos cidadãos, seja qual for o país.

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