19 maio 2011

Os sábios que repetem o que já se sabe

Há em Portugal um conjunto de individualidades que tem estado ligado à governação do país depois do 25 de Abril de 1974. E apesar de terem estado em diversos governos e pouco ou nada terem feito, são tão vaidosos que nunca perdem uma oportunidade de se porem em bicos de pés e dizerem que existem. Veja-se o caso da SEDES, que se dá ao luxo de vir repetir o que tem sido dito em todo o lado depois da acção da troika. Primeiro, desviando para canto: toma a história por uma coutada que lhe serve para fazer propaganda. Depois, olha para Espanha como se os espanhóis estivessem no melhor dos mundos, quando todos sabemos que estão também com a corda ao pescoço. A seguir dá-se ao luxo de enviar recados directos, num sinal claro de ressentimentos que existem entre os redactores e líderes partidários. E finalmente, o que propõem tão doutos senhores resume-se a nada. Ou a papaguear o que se diz em todos os jornais, rádios e TVs do país. Convenhamos que é pouco e que mostra bem que esta geração não soube liderar nem possui nada para dizer aos portugueses, excepto uma notória preocupação em manter a posição dourada que conservam.
Espanta-me que não haja uma palavra sobre o esforço que os portugueses fazem há anos para sustentar gente tão vazia que se alimenta da pátria, enchendo a boca com banalidades, mas que nada digno de registo por ela tem feito. Já quanto à defesa de interesses particulares e chorudos, aí, esses senhores são, de facto, dignos representantes de quem tem atirado o país para o descalabro em que se encontra.
Acho que ainda está para nascer o português que tenha representatividade e não seja vaidoso e meio enfatuado. Os signatários da "Tomada de posição" são isso mesmo: vaidosos, enfatuados e ressentidos. Anseiam por protagonismo na nova conjuntura política, certamente para enobrecer Portugal.

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