02 abril 2011

Para memória futura

Diogo Leite Campos é vice-presidente do PSD. As frases que transcrevemos abaixo fazem parte de uma entrevista publicada hoje (já não é dia das petas) no i.

«O futuro governo do PSD, em quatro anos, vai pôr o país a crescer, não sei se a 3%, a 3,5% ou a 2%. Mas vai pôr claramente o país a crescer acima dos 1,5%.»

«Tem de se fazer uma vaquinha entre três entidades: as famílias, o Estado e os bancos. A situação de cada família tem de ser analisada, se for caso disso - se se provar que a família é viável, trabalha, está decidida, tem empenho - tem de ser apoiada. A dívida dessa família ao banco tem de ser reestruturada, tem de ser prolongada e o Estado tem de suportar uma parte dos custos. O Estado tem de assumir a sua responsabilidade pelo facto de ter colocado um certo número de famílias na insolvência pelo corte de ordenados e pelo aumento dos impostos.»

«Todos os ordenados até 2500 euros/mês têm de ser revistos e apoiados.»

«No prazo de quatro anos vamos baixar a carga fiscal. Baixarão impostos, preferencialmente aqueles que têm significado para as famílias e o desenvolvimento económico.»

Depois destas afirmações, veja-se como há pequenas nuances que evidenciam as estratégias de marketing usadas e as atenuam, quais caracteres mínimos (corpo 2 ou 3), quando no fim da entrevista diz:

«Não vamos prometer coisas que não podemos, eu não digo que a carga fiscal vai baixar de 40 para 20. Não. Digo que o nosso objectivo a quatro anos é ter reduzida a carga fiscal, e essa redução passará pelos mais necessitados e pelas empresas que criam emprego. O nosso objectivo é apoiar as famílias que estão a perder a casa, mas não lhe sei dizer se vamos apoiar 20 mil ou 40 mil. Vamos ajudar o maior número possível. Talvez não seja possível, daqui a quatro anos estarmos a crescer acima dos 2% , mas chegar aos 2% é possível. Temos 700 mil desempregados, esperamos ao final de quatro anos ter conseguido diminuir em 200 mil o número. Seria uma maravilha. Um feito.»

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