18 fevereiro 2010

Sexo e literatura portuguesa


O Público traz uma reportagem sobre o assunto. Por ali se fica a saber duas coisas: que a ignorância é enorme. Que o puritanismo impera.
Os entrevistados não são grande coisa, diga-se em abono da verdade.
O problema não é da terminologia, é mesmo da educação puritana e católica que parece ter castrado os tugas. Diz a jornalista Inês Pedrosa que 'Bunda' é muito melhor do que 'rabo'. 'Seios' é piroso, 'mamas' é cru. 'Pau', no Brasil, resulta e por cá vai-se generalizando. Mas a palavra começada por 'c' nem poderia aparecer neste artigo..." A coisa, como se vê, é medíocre. Por que raio bunda é melhor do que rabo? Enfim.
Nuno Bragança, Luiz Pacheco, José Cardoso Pires, Maria Velho da Costa, Maria da Conceição Caleiro serão excepções. O problema não é o sexo, o problema é que para se escrever sobre o assunto há que saber-se e não ter medo das palavras. E depois é preciso saber escrever.
De resto, inovar em sexo é pura ilusão. Há milénios que se sabe tudo.

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