Paulo Gouveia morreu. Construía no arquipélago dos Açores desde o início dos anos 80, tendo sido responsável pelo Museu do Vinho e pelo Museu dos Baleeiros, ambos na ilha do Pico. Fez também um exaustivo levantamento e caracterização das principais intervenções arquitectónicas durante o século passado no núcleo central da cidade de Angra (onde nasceu), trabalho de doutoramento apresentado na Universidade de Évora em 2002, e reunido no livro Angra do Heroísmo: Arquitectura do século XX e memória colectiva.
O projecto de recuperação do Museu dos Baleeiros, no Pico, teve início em 1983 e prolongou-se até 1989. Foram reabilitadas as antigas casas de botes, integrou-se no conjunto uma tenda de ferreiro anexa e acrescentou-se um espaço novo para biblioteca e arquivo (no terreno ao lado comprado para o efeito). Dois anos depois de aberto, foi candidato ao prémio Museu Europeu do Ano e em 1993 o projecto de recuperação e reabilitação recebeu uma Menção Honrosa nos Prémios Nacionais de Arquitectura da Associação dos Arquitectos portugueses e da Secretaria de Estado da Cultura.
Já no Museu do Vinho, na mesma ilha, mas na vila da Madalena, Paulo Gouveia foi responsável pelo projecto de adaptação, restauro e reabilitação dos edifícios existentes (a casa conventual da Ordem Religiosa das Carmelitas), construção do miradouro e edifício do lagar, cuja primeira fase ficou pronta em 1999. Entre outros edifícios, o arquitecto desenhou também a nova sede da Fanfarra Operária Gago Coutinho e Sacadura Cabral, em Angra do Heroísmo, inaugurada no ano passado.
O projecto de recuperação do Museu dos Baleeiros, no Pico, teve início em 1983 e prolongou-se até 1989. Foram reabilitadas as antigas casas de botes, integrou-se no conjunto uma tenda de ferreiro anexa e acrescentou-se um espaço novo para biblioteca e arquivo (no terreno ao lado comprado para o efeito). Dois anos depois de aberto, foi candidato ao prémio Museu Europeu do Ano e em 1993 o projecto de recuperação e reabilitação recebeu uma Menção Honrosa nos Prémios Nacionais de Arquitectura da Associação dos Arquitectos portugueses e da Secretaria de Estado da Cultura.
Já no Museu do Vinho, na mesma ilha, mas na vila da Madalena, Paulo Gouveia foi responsável pelo projecto de adaptação, restauro e reabilitação dos edifícios existentes (a casa conventual da Ordem Religiosa das Carmelitas), construção do miradouro e edifício do lagar, cuja primeira fase ficou pronta em 1999. Entre outros edifícios, o arquitecto desenhou também a nova sede da Fanfarra Operária Gago Coutinho e Sacadura Cabral, em Angra do Heroísmo, inaugurada no ano passado.
Como me entristece esta notícia... Não esqueço as conversas com Paulo Gouveia -- meu Professor na Universidade de Évora. Pareceu-me sempre que via mais além. Na sua pronúncia cerrada, no seu olhar ausente -- o que ele sobretudo ensinava era a distinguir o «ver» do «olhar.
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